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A Responsabilidade Quando Recebemos Um Espírito Como Filho



Em um momento em que o mundo discute a legalização do aborto, vemos um crescente aumento do abandono e da alienação parental surgir e as dificuldades que isso traz para a evolução de nossos irmãos que vieram como nossos filhos nessa experiência.

Receber um filho é muito mais do que escolher o nome, a escola em que a criança vai estudar e sonhar com a profissão que ela vai ter. Receber um filho é um compromisso muito grande onde nem sempre quem recebe é um espírito afim. Podemos estar em um momento de resgate de vidas passadas, onde exista uma animosidade sem explicação esquecida nessa experiência para que os envolvidos (entre um dos pais com um dos filhos, por exemplo) possam resolvê-la e ser diluída com o amor. Ou estamos recebendo alguém que sobre nossa tutela veio aproveitar essa experiência para crescer e evoluir enquanto espírito.

“Uma das grandes responsabilidades que o ser humano recebe enquanto ainda no plano espiritual e se preparando para reencarnar, é justamente a de aceitar a oportunidade de receber quando encarnado, espíritos desequilibrados e carentes na qualidade de filhos, justamente para as necessárias orientações e os devidos carinhos de que se fizerem carentes, ajudando-os para o resgate espiritual, pois, geralmente são espíritos com grandes necessidades e enormes dificuldades evolutivas”.

Na questão 208 do LE, está escrito que o Espírito dos pais tem a missão de desenvolver o dos filhos pela educação; isso é para ele uma tarefa. Se nela falhar, será culpado. Nesse caso se nos recusarmos pela animosidade que a relação pode trazer abandonando, maltratando ou dificultando com a violência a evolução desse ser e retardando a reparação que ambos se proporão, então seremos culpados dos possíveis acréscimos as “dividas” adquiridas no passado e que nos propomos extinguilas no presente.

“(…) Ó espíritas! compreendei agora o grande papel da Humanidade; compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir; inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo o vosso amor em aproximar de Deus essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se fielmente a cumprirdes. Os vossos cuidados e a educação que lhe dareis auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem estar futuro. Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado à vossa guarda? Se por culpa Vossa ele se conservou atrasado, tereis como castigo vê-lo entre os Espíritos sofredores, quando de vós dependia que fosse ditoso. Então, vós mesmos, assediados de remorsos, pedireis vos seja concedido reparar a vossa falta; solicitareis, para vós e para ele, outra encarnação em que o cerqueis de melhores cuidados e em que ele, cheio de reconhecimento, vos retribuirá com o seu amor”.

O acaso não existe, o que existe é o cumprimento de uma lei de amor e justiça. No momento propício, as almas se reúnem sob laços de família para colaborarem uns com os outros na superação de problemas e na conquista da harmonia e da felicidade.

E mesmo sabendo da responsabilidade que é trazer um outro espírito a vida nos questionamos por que estando em a Natureza o amor materno, como é que há mães que odeiam os filhos e, não raro, desde a infância destes? (891) “Às vezes, é uma prova que o Espírito do filho escolheu, ou uma expiação, se aconteceu ter sido mau pai, ou mãe perversa, ou mau filho, noutra existência (392). Em todos os casos, a mãe má não pode deixar de ser animada por um mau Espírito que procura criar embaraços ao filho, a fim de que sucumba na prova que buscou. Mas, essa violação das leis da Natureza não ficará impune e o Espírito do filho será recompensado pelos obstáculos de que haja triunfado”.

E da mesma forma como com os problemas enfrentados pelas dividas pretéritas em relação a mãe também devemos lembrar das responsabilidades paternas já que está também é uma missão como nos explica a questão número 582 do LE. “É, sem contestação possível, uma verdadeira missão. É ao mesmo tempo grandíssimo dever e que envolve, mais do que o pensa o homem, a sua responsabilidade quanto ao futuro.

Deus colocou o filho sob a tutela dos pais, a fim de que estes o dirijam pela senda do bem, e lhes facilitou a tarefa dando àquele uma organização débil e delicada, que o torna propício a todas as impressões. Muitos há, no entanto, que mais cuidam de aprumar as árvores do seu jardim e de fazê-las dar bons frutos em abundância, do que de formar o caráter de seu filho. Se este vier a sucumbir por culpa deles, suportarão os desgostos resultantes dessa queda e partilharão dos sofrimentos do filho na vida futura, por não terem feito o que lhes estava ao alcance para que ele avançasse na estrada do bem.”

“Há pais que apenas criam os filhos, mas, evidentemente, não basta criá-los: é preciso educá-los”. Somos, portanto responsáveis pela educação de nossos filhos e pela base que os levarão a fazer boas escolhas no futuro. Devemos ter em mente que não só as palavras, mas os nossos atos diante das situações do mundo educam muito mais. “Se os pais não ligam importância alguma a isso e confiam a educação dos filhos tão somente à escola, não poderão mais tarde surpreender-se com a conduta ou a insensibilidade dos seus rebentos”. Assim tanto aqueles que demonstram comportamentos equivocados como preguiça, violência doméstica ou em atitudes cotidianas, desrespeito a idosos e as famosas espertezas do cotidiano bem como os que possuem comportamentos de amizade, boa convivência com os outros e demonstra coerência entre o agir e o falar estão formando aqueles que irão ou não colocar em pratica o que aprenderão.

Há exceções visto que sabemos da importância do livre arbítrio e de como Deus no seu infinito amor nos dá a oportunidade de reconstruir laços e “consertar” erros do passado. Sabemos também que em alguns casos a relação é cercada de muitas dificuldades e que em alguns destes o remédio além da oração e vigília é o afastamento temporário para evitar novas dividas. Também sabemos da força espiritual que alguns espíritos demonstram ao se modificarem a ponto de continuar evoluindo mesmo com a falta de “amor” demonstrada por um dos pais.

Devemos ter em mente que estamos em constante evolução espiritual e que se não conseguirmos nessa existência por em pratica o que nos comprometemos no plano espiritual, teremos a partir de nosso merecimento uma nova oportunidade. Mas, tendo consciência disto, não nos coloquemos como vitimas das circunstancias e deixemos para outra vida, pois só estaremos agregando mais dividas para com nossos irmãos. Então busquemos enquanto nessa experiência buscar evoluirmos e ajudar aqueles que nos comprometemos ajudar.

E saibam que Deus e a espiritualidade estão contigo sempre e que “Toda pessoa que serve além do dever encontrou o caminho para a verdadeira felicidade” André Luiz

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