3 Passos Para a Reforma Íntima
Olá leitores, hoje vamos abordar um tema muito importante, porém muito difícil. Vamos dizer que é uma das práticas mais difíceis de se fazer no dia a dia e uma das mais importantes também. Falar em reforma íntima se torna difícil, pois quase ninguém gosta de ouvir sobre seus defeitos, quanto mais admiti- los. Até por que todos nós temos defeitos, inclusive quem está apontando o erro. Vamos então ( ou sugiro) mergulhar nesse texto com uma visão geral e de mente aberta, entendendo que é apenas um estudo de reflexão no qual a ideia está longe de querer menosprezar alguém ou ser melhor. Vamos começar o texto com algumas perguntas: Você é uma pessoa boa ou ruim? Boa? Perfeito! Agora vamos para outra pergunta: Você é uma pessoa boa na lei dos Homens ou na lei de Deus? Agora ficou um pouquinho mais complicado não é mesmo? O que ocorre muitas vezes é pensar que apenas o fato de não roubarmos ou não matarmos, já livra-nos de sermos pessoas más, mas a verdade é que não é bem assim. Lógico que não matar e não roubar melhora e muito a nossa situação, mas apenas isso não é o suficiente para nos livrar de lugares difíceis após a morte. Como já ouvimos falar, levamos para o túmulo tudo que fizemos enquanto encarnados. Se fizermos coisas boas, levamos coisas boas, somando pontos positivos. Se fizermos coisas ruins, levamos coisas ruins, somando pontos negativos. E pra pagar esses pontos negativos, nada mais e nada menos que um “umbralzinho” básico e uma reencarnação com dívidas. Sem contar que entramos em faixas mais densas ao praticarmos esses atos, se conectando com irmãos obsessores dando a eles a oportunidade de interferir em nossas vidas piorando a nossa situação. Podemos até mesmo dizer que nos tornamos um obsessor encarnado. Nós, seres humanos, temos muitos vícios que nos acompanham a cada dia. Você deve estar se perguntando: “Vícios? Mas eu não fumo, não bebo, não uso nenhum tipo de drogas!”. Excelente! Isso é importante e continue assim, mas quando falamos em vícios, estamos nos referindo também a outros tipos de vícios, como por exemplo: “comentar” sobre alguém, ou sobre o que “fulano me fez de errado”. Já reparou que nunca “falamos” mal de alguém, mas que apenas “comentamos”? Pois usando a palavra “comentar”, parece deixa de ser um “pecado”. Sem contar que muitas vezes, por estarmos com a razão, temos o direito de falar ou “comentar” sobre outra pessoa. Não, nós não temos esse direito e isso sim, torna-se um erro! São esses e outros vícios como: criar intriga, ódio, rancores, pensamentos negativos, desejar mal a alguém, não perdoar, não ajudar, em fim, são muitos os defeitos de cada um. O problema é que é difícil enxergar o próprio umbigo, e são sempre os outros que estão errados! Nós nunca falamos mal de outra pessoa, nunca guardamos ódio, nunca criamos rancores. E se mesmo assim, admitirmos sempre temos nossos motivos, fazendo acreditar que não pagaremos. Tudo isso são vícios e costumes que acumulamos em nossa trajetória. Você ajuda alguém ou você se preocupa apenas em adquirir? Temos o costume de ajudar pouco e achar que estamos fazendo muito. Não é comum vermos os pais pegando os filhos pelas mãos e ajudando pessoas nas ruas. Não é comum de vermos crianças separando brinquedos para doação. Isso não é nossa cultura! Tem sim muitas pessoas que fazem isso, mas de um modo geral, ainda são poucos os que fazem e quando vemos ficamos admirados, que até cabe um parabéns pela atitude. Nossos pais nos criaram assim, sendo pessoas excelentes, porém, também não tiveram essa criação. Crie isso desde cedo com seu filho. Pegue-o pela mão e leve-o até o morador de rua mais próximo, para doar roupas e comidas. Visite pelo menos uma vez por mês, uma casa de asilo, um lar de crianças órfãs, pare para dar atenção a alguém que precisa conversar, doe sangue, ajude os animais, ou faça tudo isso ao mesmo tempo. Cada um tem uma área de solidariedade que se identifica. São infinitos os ramos da caridade e tem lugar para todos. Os vícios são pontos negativos que afetam o perispírito, mas disso, acho que todos já sabem. Agora é que vem o “x” da questão, o problema em conseguir mudar. Para facilitar uma reforma íntima, é necessário criarmos três passos: O primeiro chamaremos de “passo da reflexão”. Neste passo, a pessoa percebe que cometeu o erro somente após o ocorrido, ou seja, o camarada fala mal de alguém, mas só depois ele percebe do que fez, admitindo para si mesmo e entendendo o erro. É um difícil passo, ou seja, o mais complicado das atitudes. O segundo passo é o que vamos chamar de “passo da auto percepção”. Consiste na pessoa se policiar. Nesse estágio, ele até fala mal de alguém, mas percebe que está fazendo errado e entende que precisa mudar de comportamento. Ainda tem o vício de falar ou fazer algo, mas ele está conseguindo perceber isso antes de fazer. Enfim, o terceiro e importantíssimo passo é por em prática o resultado dos dois passos citados anteriormente. Esse é o “passo prático da reforma” e consiste em não falar mal da pessoa. Mudar o rumo da conversa e pensar em coisas boas. O passo prático da reforma serve pra tudo em nossas vidas. NÃO falar da vida de alguém, NÃO pensar em algo negativo que esteja direcionado a outro ou para nós mesmo. NÃO ficar triste em meio às lamentações diante das dificuldades da vida cotidiana. Com a prática mudamos nosso modo de pensar em situações difíceis deixando de lado o rancor, o ódio,o julgamento, a maldade, etc. Quando alguém fizer algo que consideras errado ou te ofender, respire e tenha paciência mudando o foco, pois cada etapa difícil que passamos é um treinamento e uma oportunidade para a evolução. Temos que pensar que tudo é uma fase e que estamos encarnados nesse mundo para evoluirmos. Treinar a paciência e os bons pensamentos ao praticar suas atitudes é uma das oportunidades que a vida do encarnado proporciona, e vamos concordar que essa oportunidade aparece bastante não é mesmo? Mais uma vez, volto a dizer que isso não cabe a todos e que a intenção desse texto não é causar intrigas e sim fazer com que muitas pessoas reflitam em certas atitudes. Uma simples ajuda ao próximo é de grande valia, mas não podemos achar que é o suficiente. Com fé em Deus, um pouco de sabedoria e vontade, tudo se torna melhor a cada dia. Vamos lembrar da frase de William Shakespeare: “A raiva é um veneno que bebemos esperando que o outro morra”. Vale a reflexão. Fiquem com Deus e boas reformas a todos nós!
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