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Redes sociais: Reaprendendo a conviver



A convivência humana é um dos maiores desafios que temos em nossas vidas. E nos diversos papéis que temos na sociedade, temos posturas, padrões e regras a seguir, tudo em nome do bom convívio. Já pensou no caos que seria se as pessoas pudessem entrar em sair de qualquer lugar sem o menor pudor? E se não tivéssemos nenhuma lei? O mundo seria outro. Acredito até que já teríamos entrado em extinção. Quando falamos de valores, precisamos compreender que nosso primeiro contato com regras, são as que nossos pais nos ditam. Ouvimos muitos “não” desde que nascemos, afinal precisamos saber o que podemos e ou que não podemos e onde podemos fazer o que queremos. A evolução das regras deu-se ao longo do tempo: séculos e milênios. Cada povo adquiriu regras peculiares que entendem ser o “certo”. Não importa se determinada coisa você acha certo ou errado. O que importa é que seu direito termina onde o do outro começa. E ponto!

Nos últimos anos, aprendemos a conviver em sociedade de uma forma virtual quando surgiram as redes sociais. O intuito era ótimo. Que bom pode rever pessoas que não vejo a anos. Poxa! Que saudade deste meu parente que foi morar no exterior. Agora, posso acompanhar a rotina dele através das redes sociais. Mas tudo desvirtua-se na mão do Homem. A ferramenta é boa, mas o uso está correto? Primeiro, vieram os abusos e as postagens de coisas que não agregam, tipo: “Bom dia, tomando café...” É apenas um exemplo, mas para que todos precisam desta informação?

Vieram coisas positivas com as redes sociais também. Acredito que não teríamos feito os julgamentos a políticos chegar no ponto que chegaram sem termos nos organizado em prol do futuro do nosso país. Matamos saudades, mantemos contatos, nos organizamos em grupos. Há redes sociais que facilitam a vida de milhões para achar emprego. Quantos reencontros! Quantos relacionamentos surgiram nas redes sociais? Pois bem, com tudo isso conseguimos nos comunicar em segundos com pessoas que podem estar do outro lado do mundo.

O pior de tudo chegou: os abusos excessivos. Há pessoas que não têm coragem de se expor pessoalmente, mas surge como leão nas redes sociais falando o que pensa sem pensar na consequência. O que será que o interlocutor do outro lado achará desse meu comentário? Eu preciso mesmo falar o que penso sobre tudo? Jesus no seu tempo já condenava qualquer tipo de agressão verbal. Ele considerava uma falta grave. Entre os antigos judeus, quando se desejava insultar alguém, havia um costume que consistia em pronunciar a palavra reika que significa fútil, leviano em hebráico, virando-se a cabeça de lado e cuspindo-se no chão. Na bíblia cristã, Pedro, na sua primeira epístola dizia: “Quem quer amar a vida e ver os dias felizes, refreie sua língua do mal”. ( I Pedro, 3:10). E Paulo alertava: “Não saia de vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação.” (Efésios, 4:29). Todas essas citações são milenares e o que significa é que nunca foi vista de forma positiva sair por ai falando o que quer. Infelizmente, vemos nas redes sociais xingamentos desrespeitosos apenas porque o time de futebol do outro não é o mesmo que o meu. Ou brigar com alguém da família por causa de política. Precisamos controlar nossos pensamentos e respirar fundo antes de verbalizar nas redes. Essas opiniões geram apenas mais opiniões ruins que não têm fim.


No nosso dia-a-dia, cuidamos da nossa saúde, higiene pessoal, da nossa beleza, mas nos descuidamos da palavra. O espírito Emmanuel através da psicografia de Chico Xavier nos deixou esse alerta: “Controlemos o verbo, para que não venhamos a libertar essa ou aquela palavra torpe. Por muito esmerada nos seja a educação, a expressão repulsiva articulada por nossa língua é sempre uma brecha perigosa e infeliz, pela qual perigo e infelicidade nos ameaçam com desequilíbrio e perversão.”

Cuidemos de nossas palavras e não criemos nenhuma discussão falando tudo que pensamos. Seja empático e seja feliz!

*Victor Hugo Freitas é colunista voluntário do Blog Letra Espírita. Leia outros artigos de sua autoria clicando aqui.

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