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Reflexão Sobre a Mediunidade



A Mediunidade pode ser ilustrada de diversas formas. Quando se trata de ilustrar a jornada mediúnica, poderíamos compará-la com o processo de fabricação de um lapis que se inicia em uma muda, já existente em essência mas sem grande atividade. Quando essa muda cresce, ela se torna uma árvore e já possui todas as propriedades necessárias para diversas formas de servir.

Daí surgem as buscas por respostas à inúmeros questionamentos: “Pra que eu sirvo? O que são essas vozes que me orientam ou me tentam?”

A árvore já produz galhos e pelas mãos dos homens, transformam -se em cilindro, porém, vazio.

Parte o indivíduo para preencher esse vazio, a se dedicar aos estudos, buscar informações, teorias, relatos de vivências, experiências. As coisas vão clareando, o vazio vai se preenchendo como um grafite. Já se sabe que este é o caminho, já se pode escrever com o lápis mas sem precisão e segurança.

Mas já se tem um lápis!

É quando se entra na ZONA DE CONFORTO. Esse é o momento de maior aprendizado mas também o de maior acomodação. O ser se sente confortável em estar aprendendo, afinal, aprender é sempre muito bom! O medo neste momento cria um peso sobre esse aprendizado, o ego passa a comandar suas ações.

“Até aqui estamos garantidos! Não avance! Já é o bastante! As pessoas sabem que você sabe! Para quê se expor? Por que se arriscar? Fique como está! Aprendizado é fonte infinita! Está cedo! Você não está pronto ainda!”. Todas estas afirmações(veja como o ego atua, afirmando), te seguram e trazem uma certa estagnação.

O lápis já pode escrever, mas precisa ser apontado. É onde entra a RESPONSABILIDADE. Para apontar o lápis, o indivíduo precisa tomar esta decisão e assumir todas as consequências. O lápis precisará sofrer golpes, duros golpes, cortes, sua ponta poderá quebrar, poderá ficar mole, solta dentro da madeira...

E a responsabilidade dói, te testa, te quebra, te faz solto e vulnerável. A responsabilidade junto com o ego forma a maior de todas as barreiras, pois o ego se apoia neste que é um dos sensos mais admirados na sociedade. “Tenho medo, não me arrisco porque sou responsável!”

É o medo pesando, é o ego.

Mas uma voz te chama; a CURIOSIDADE o instinto evolutivo.

“E se eu apontar esse lápis e ele não quebrar? Eu posso escrever, pintar, criar, ensinar, aprender, me comunicar!"

A curiosidade ainda com vestígios da responsabilidade e certo vínculo com o medo, se torna benéfica e consciente. Ela te leva a tentar, a agarrar o estilete e tirar as lascas do lápis. A madeira que reveste e isola o grafite já não prevalece, e pouco a pouco o que mais importa é o interior.

É quando neste ponto, pratica-se a reforma íntima. Despe-se do ego no sentido negativo e fica-se apenas com o positivo: “Eu posso errar, eu tenho o direito de tentar, se eu acertar eu posso ensinar como se faz e se eu errar eu posso ensinar com a experiência negativa que tive. Eu posso aprender e ensinar a todo tempo.”