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Em Busca da Renovação Espiritual



A todos nós, sem nenhuma exceção, cabe a tarefa incessante e gratificante de evoluir. Seres imortais que somos, trazemos impregnado em nossos espíritos o desejo sempre crescente de melhorar como pessoa, para si próprio e para os outros. A nós cabe a tarefa individual, mas nunca solitária, de buscar nosso crescimento, e tudo isso passa pelas leis do progresso e pela nossa velha conhecida, reforma íntima.

O Livro dos Espíritos, em seu Capítulo VIII, dedica especial atenção à Lei do Progresso, que será destacado inicialmente no texto de hoje.

Questão 779 LE – O homem possui em si a força de progredir ou o progresso não é senão o produto de um ensinamento?

Resposta – O homem se desenvolve, ele mesmo, naturalmente. Mas nem todos progridem ao mesmo tempo e da mesma forma; é então que os mais avançados ajudam o progresso dos outros, pelo contato social.

Na resposta a essa primeira questão, entende-se o porquê de dizer que buscar o crescimento pessoal é uma tarefa individual, mas nunca solitária. Crescer é uma decisão particular, uma opção de vida, mas isso nunca será concretizado se nos isolarmos das outras pessoas. É sabido por todos que um defeito pessoal só pode ser melhorado se instigado. Por exemplo: se é necessário que se exercite a paciência, pois a temos bem curta, é preciso que alguém nos tire a paciência, teste-a. A solidão não concederia essa lição. O contato social nos auxilia na busca pelo progresso.

Questão 780 LE – O progresso moral segue sempre o progresso intelectual?


Resposta – É sua consequência, todavia, não o segue sempre imediatamente.

- Como o progresso intelectual pode conduzir ao progresso moral?

Resposta - Fazendo compreender o bem e o mal: o homem, então, pode escolher. O desenvolvimento do livre-arbítrio segue o desenvolvimento da inteligência e aumenta a responsabilidade dos atos.

- Como ocorre, então, que os povos mais esclarecidos sejam, frequentemente, os mais pervertidos?

Resposta – O progresso completo é o objetivo, mas os povos, como os indivíduos, não o alcançam senão passo a passo. Até que o senso moral se tenha neles desenvolvido, eles podem mesmo se servir de sua inteligência para fazer o mal. O moral e a inteligência são duas forças que não se equilibram senão com o tempo.

Em relação a esse questionamento, pode-se verificar que a moral é uma consequência da inteligência, mas nem sempre elas caminham de forma equiparada. Sem adentrar em questões polêmicas, a atualidade demonstra diversos fatos que nos fazem perceber que nem sempre a inteligência é companheira da moral, visto que algumas pessoas tomam atitudes contrárias aos ditames da moralidade, mesmo sendo seres de inteligência elevada pelos postos que ocupam. Violência, corrupção, guerras, armas nucleares nos provam que nem sempre o mais inteligente é o mais preocupado com a retidão de suas atitudes.

Questão 781 LE – É dado ao homem o poder de deter a marcha do progresso?

Resposta – Não, mas o de o entravar algumas vezes.

- Que pensar dos homens que tentam deter a marcha do progresso e de fazer a Humanidade retrogradar?

Resposta – Pobres seres que Deus castigará. Eles serão transportados pelas torrentes que querem deter.

Comentário de Allan Kardec à questão – O progresso, sendo uma condição da natureza humana, não está ao alcance de ninguém a ele se opor. É uma força viva que as más leis podem retardar, mas não sufocar.

Quando essas leis se lhe tornam incompatíveis, ele as afasta com todos aqueles que tentam mantê-las, e assim o será até que o homem tenha colocado suas leis em conformidade com a justiça divina, que quer o bem para todos, e não leis feitas para o forte em prejuízo do fraco.

Aqui se verifica a premissa de que “a quem muito foi dado, muito será cobrado”. Aos que tentam de alguma maneira retardar a marcha do progresso, consequências virão com o intuito de fazê-los entender o mal que cometeram. O progresso é uma força viva, e ele sempre acontecerá, mesmo que ele seja atrasado. A lei deve buscar o bem de todos, e não de uns em detrimento de outros. Hoje em dia, essa é uma verdade difícil de vislumbrar, tendo em vista o contexto mundial de desesperança, medo e intolerância, mas esse progresso virá.

Para finalizar essa breve reflexão:

Questão 785 LE – Qual o maior obstáculo ao progresso?

Resposta – O orgulho e o egoísmo. Quero falar do progresso moral, porque o progresso intelectual caminha sempre e, à primeira vista, parece dar a esses vícios um redobramento de atividade, desenvolvendo a ambição e o amor das riquezas que, a seu turno, excitam o homem às procuras que esclarecem seu Espírito. É assim que tudo se tem no mundo moral como no mundo físico e que do mal mesmo pode surgir o bem. Mas esse estado de coisas é breve e mudará, à medida que o homem compreenda melhor que há, fora dos prazeres dos bens terrenos, uma felicidade infinitamente maior e infinitamente mais durável.

Comentário de Allan Kardec à questão – Há duas espécies de progresso que se prestam mútuo apoio e que, todavia, não marcham lado a lado: o progresso intelectual e o progresso moral. Entre os povos civilizados, o primeiro recebe, neste século, todos os incentivos desejáveis e, por isso, atingiu um grau desconhecido até nossos dias. Falta ao segundo para que esteja no mesmo nível, todavia, se se comparam os costumes sociais aos de alguns séculos atrás, seria preciso ser cego para negar o Progresso. Por quem, pois, a marcha ascendente se deteria antes pelo moral que pela inteligência? Por que nisso não haveria entre o século dezenove e o vigésimo quarto século igual diferença que entre o décimo quarto e décimo nono? Duvidar seria pretender que a Humanidade está no apogeu da perfeição, o que seria absurdo, ou que ela não é perfectível moralmente, o que é desmentido pela experiência.

Nessa última questão analisada, verifica-se a afirmativa de que os maiores entraves ao progresso são o orgulho e o egoísmo, as maiores chagas da humanidade e os sentimentos dos quais derivam os demais sentimentos ruins que temos notícias (e convívio). Aqui entra a necessidade veemente da reforma íntima, tão frequentemente mencionada, tão difícil de ser posta em prática, e tão pouco exercitada.

Por natureza, desistimos fácil demais daquilo que nos incomoda. E aqui não mora nenhuma crítica, apenas uma observação geral e, obviamente, de cunho pessoal, afinal de contas, as dificuldades são enormes para todos nós. Viver em um mundo de provas e expiações, que está em transição, nos testa diariamente na nossa fé e na nossa força interior. Autoconhecimento incomoda, machuca, fere o brio, mexe com o orgulho, mas é somente através dele que a reforma íntima se consolida de forma permanente.

O objetivo do final deste artigo, após a breve análise das leis do progresso, não é ensinar a reforma íntima, nem explicar no que ela consiste, já que ela é nossa velha amiga (inimiga, às vezes). Aqui apenas salienta-se que ela é o caminho de nossa evolução íntima, da evolução dos que nos rodeiam, da evolução dos que cruzam nosso caminho por breves instantes e do progresso.

Tão veiculada diariamente, a frase força, foco e fé, não serve apenas para estudos, academias, dietas e afins... Ela se aplica também a nossa busca pela renovação espiritual constante!

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