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Se Sabemos Que Devemos Orar, Por Que Não Oramos?



Recebi através do Clube do Livro Letra Espírita, o livro “Se sabemos, por que não fazemos?” de autoria de José Maria Souto Netto.

Separei vários trechos para usar em palestras mas, gostei mesmo do seguinte trecho (pág. 157): “O espírito Bezerra de Menezes nos ensina: Filhos, não vou esqueçais de orar sempre. A oração possibilita ao humano aclarar os próprios sentimentos. Quem se habitua a orar não se entrega ao desespero e à revolta. A prece jamais é um monólogo... Pelo recolhimento íntimo da oração a criatura conversa com o mundo espiritual, que não a deixa sem resposta.”

Simples não é? Mas, por que temos tanta dificuldade em colocar o hábito da oração em prática?

Nos estudos espíritas, é comum aprendermos o poder da prece, a necessidade de realização do Evangelho no Lar, os benefícios da prece por nós mesmos, por outras pessoas encarnadas e desencarnadas, especialmente pelos sofredores.

No entanto, apesar de nossa decisão de realizarmos preces, nos distraímos com o filme na TV, o livro interessante, as redes sociais, o sono que insiste em chegar. E volto à pergunta feita por Souto Netto “se eu sei, por que não faço?”

A resposta acertou-me em cheio: porque apesar de freqüentar o centro, tomar passes, receber o tratamento, estudar, ouvir palestras e músicas... as trevas ainda são maiores em mim. Sim. Em mim, em você que está lendo e muitas outras pessoas.

Somos falhos e fracos. Espíritos ainda iniciantes na evolução e, pela primeira vez encarnados sob o conhecimento revelador trazido por Kardec, nos assustamos com as verdades ditas por Cristo e explicadas de maneira não nos deixarmos mais com dúvidas. Não há mais desculpas. Não há mais tempo para lamentos. Sabemos e só não fazemos porque ainda nos rendemos às nossas imperfeições sob a desculpa de não sermos perfeitos.

Nos deixamos conduzir pela dor que trazemos escondida na alma, como crianças que não aceitam o fato de o Pai nos colocar em uma situação que depende de nós amadurecer e evoluir. Sabemos e deixamos que inimigos de outros tempos se acerquem de nós e retirem nossas energias. Sabemos que escolhemos muitos de nossos sofrimentos antes de reencarnar e nos revoltamos pois nos sentimos pequenos e fracos.

A energia dispensada neste processo de revolta e lamentação é destruidora. Nos exaure. Nos entristece. Ao contrário, a energia de uma boa música e de uma prece simples porém feita com total ligação com a espiritualidade maior, nos deixa fortes e com a sensação de liberdade daquilo que nos venceu em outras eras.

Se eu pudesse me encontrar com o caro José Maria Souto Netto eu lhe diria: “Muito obrigada. Agora eu sei que sei e mais: sei que preciso fazer.”

===== Conheça nosso Clube do Livro Letra Espirita e associe-se: www.letraespirita.com.br


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