O comércio de livros espíritas
Muitos companheiros equivocadamente acham que um livro para ser espírita precisa ser psicografado. Esclarecemos que inicialmente um livro para ser espírita precisa ter o conteúdo baseado nos princípios espíritas, além disso, é igualmente importante esclarecer que a psicografia e qualquer outra forma de comunicação com os Espíritos não é uma exclusividade da Doutrina Espírita.
Conforme exposto acima, um livro para ser espírita precisa estar de acordo com os princípios doutrinários do Espiritismo contidos nas obras básicas de Allan Kardec, em especial “O Livro dos Espíritos” lançado em abril de 1857, em Paris, na França. Esta obra, por exemplo, não é psicografia, é um livro escrito com base nos ensinamentos dos Espíritos que foram transmitidos por meio de reuniões mediúnicas.
No caso dos livros que não são psicografias, o autor da obra é um encarnado que pesquisou e estudou para escrever o livro, seja ele um romance ou um livro de estudos. Toda a obra foi fruto exclusivamente de seu trabalho humano, sem auxílio direto de Espíritos.
Com relação a obras psicografadas, quando quem escreve é um Espírito e o médium é um instrumento, que naturalmente pode ou não colocar suas próprias ideias na história.
Também há obras que são inspiradas, quando o Espírito inspira um tema e o médium escreve a história e a desenvolve de acordo com a sua concepção e suas próprias ideias e pesquisas, ou seja, não é o Espírito quem escreve, ele apenas sugere, quem escreve é o encarnado com auxílio secundário do Espírito.
Apresentamos para vocês algumas das possibilidades pelas quais um livro espírita pode vir a lume, em todas as possibilidades, o médium é considerado, por lei, autor da obra e tem todo o direito de receber pelos os direitos autorais, podendo ficar com o dinheiro para si, investir em algum projeto social ou até mesmo doar. Cabe a sua consciência o que fazer com o dinheiro, sendo que caso opte por ficar com o dinheiro não é algo ilícito, está previsto em lei e não cabe a nós julgarmos se é certo ou errado a sua atitude, pois não sabemos os reais objetivos que estão no coração das pessoas.
É interessante ressaltar que um livro, - inclusive o espírita -, para ser editado e sair no mercado, tem um custo muito elevado. Além da grande quantidade de profissionais envolvidos nesse processo enorme, desde o projeto inicial com esboço do livro até venda final nas livrarias, há um custo muito elevado com a compra de matéria-prima, custos de redação e correção de textos, impressão, encadernação, lançamento e divulgação da obra, tanto pelas editoras, quanto pelas livrarias, para todos os cantos do país, e muitas vezes do mundo! Portanto, é preciso algum retorno monetário para que tudo isso possa acontecer.
É um trabalho conjunto de desencarnados e encarnados em que é preciso separar a questão religiosa/espiritual da questão humana/comercial envolvida nesse amplo e complexo processo de divulgação espírita por meio dos livros.
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