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Suicídio Inconsciente



É sempre muito difícil quando precisamos escrever sobre suicídio. As estatísticas em nosso país crescem vertiginosamente. Dados estatísticos apontam que do ano de 2000 ao ano de 2015, os suicídios cresceram 65% entre pessoas com idade entre 10 e 14 anos, e 45% em pessoas de 15 a 19 anos. Mais assustador ainda é falar em números reais. No nosso país, em média, 32 pessoas tiram a própria vida por dia, sendo essa a segunda maior causa de mortes entre jovens dos 15 aos 29 anos de idade, principalmente entre mulheres dos 15 aos 19 anos.

Entretanto, esse tema já foi trabalhado em artigos anteriores e, por isso, hoje trabalharemos um assunto pouco abordado, mas não menos importante: o Suicídio Inconsciente.

Mas, em que consiste o suicídio inconsciente ou, como também é chamado, suicídio indireto? É o ato de aniquilarmos, lenta e progressivamente, nosso corpo material. Como? De diversas formas.

Viver irritado é uma de suas formas, haja vista que tal estado é causador de problemas circulatórios; fazer uso indiscriminado e não seguindo orientações médicas de calmantes, buscando uma tranquilidade artificial; usar alucinógenos através de drogas, lícitas ou ilícitas, buscando uma euforia de caráter ilusório; vícios mentais, que de tanto pensarem negativo, desenvolvem doenças psicossomáticas; os maledicentes que passam a vida se envenenando com a maldade que eles julgam erroneamente estar em seu próximo; aqueles que alimentam rebeldia e constante inconformidade com a vida e seus caminhos; os que são demasiadamente apegados à pessoas ou bens materiais, que passam a vida toda pensando em ter, cuidar, não perder, entre outros sentimentos e; por fim, os excessos de diversos tipos: alimentação pouco ou nada saudável, tabagismo, bebida alcoólica em excesso, sexo sem responsabilidade e desregrado. Aqui fica a exclamação. Muitos de nós fazemos uma ou mais dessas coisas que usei como exemplo.

O mais conhecido caso de suicídio inconsciente é do Espírito André Luiz, que descreveu suas experiências e sua surpresa por ser considerado suicida, no Livro Nosso Lar. Segue trecho do livro onde ele demonstra que assim o acusavam sem que ele tivesse consciência de que havia atentado contra sua própria vida:

- Que buscais, infeliz! Aonde vais, suicida?

Tais objurgatórias, incessantemente repetidas, perturbavam-me o coração. Infeliz, sim; mas, suicida? – nunca! Essas increpações, a meu ver, não eram procedentes. Eu havia deixado o corpo físico a contragosto. Recordava meu porfiado duelo com a morte. Ainda julgava ouvir os últimos pareceres médicos, enunciados na Casa de Saúde; lembrava a assistência desvelada que tivera, os curativos dolorosos que experimentara nos dias longos que se seguiram à delicada operação dos intestinos. Sentia, no curso dessas reminiscências, o contato com o termômetro, o pique desagradável da agulha de injeções e, por fim, a última cena que precedera o grande sono: minha esposa ainda jovem e os três filhos contemplando-me, no terror da eterna separação. Depois, o despertar na paisagem úmida e escura e a grande caminhada que parecia sem fim (LIVRO NOSSO LAR).

Olvidava-se André Luiz dos excessos alimentares e de bebidas alcoólicas que cometera ao longo de sua vida, levando-o a destruição de todo seu aparelho gástrico e levando-lhe à condição de suicida inconsciente.

Pois é, meus queridos leitores. Todos os dias nós cometemos os mais variados excessos. Todos os dias nós tomamos atitudes que vão minando a saúde de nosso corpo físico antes da hora. Principalmente nos dias atuais, onde nos estressamos demais, trabalhamos demais, queremos demais, fingimos demais, somos fúteis demais, nos preocupamos demais com o que os outros vão pensar, bebemos em excesso dando a desculpa de que trabalhamos demais na semana e merecemos, fumamos em excesso porque alivia nosso estresse. Para tudo temos desculpas... E em tudo, nos matamos um pouco.

Infelizmente, as consequências de tal “tipo” de suicídio está descrita no Livro dos Espíritos, das questões 943 a 957 e já foram abordadas oportunamente em artigo anterior.

Entretanto, o suicídio involuntário, sabendo-se de seus “instrumentos”, pode ser evitado por nós. Como? Reforma íntima, oração e vigília! Todos podemos nos tornar pessoas melhores, todos podemos cuidar mais de nosso corpo físico, todos podemos fazer mais por nós mesmos... Basta que tenhamos força de vontade!

Vamos tentar?

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