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Uma Visão Espírita da Fibromialgia


Rafaela Paes de Campos

Publicação original: 01 de março de 2018

Última atualização: 24 de agosto de 2022


Diante da tecnicidade do tema, o presente artigo traz diversos conceitos médicos acerca da fibromialgia antes de se adentrar a questão espiritual e metafísica. Em entrevista concedida à Folha Espírita em outubro de 2010, o Dr. José Henrique Rubim de Carvalho explica, em um primeiro instante, o que vem a ser a fibromialgia.


“A fibromialgia é uma síndrome dolorosa crônica sem quadro inflamatório, não comprometendo as articulações e não causando deformidades. É um reumatismo por envolver músculos, tendões e ligamentos. Ela se caracteriza por dores no corpo, fadiga e alterações no sono. As dores podem ir de um leve incomodo até uma condição incapacitante, na forma de ardência, pontada, rigidez e câimbra, por três meses pelo menos em 11 pontos de 18 pontos dolorosos padronizados. Não existem exames complementares, como de laboratório, de imagens e neurofisiológico, que confirmem o diagnóstico. Calcula-se que atinja 3% das mulheres e 0,5% dos homens adultos. Manifestações não relacionadas à dor muscular são observadas na fibromialgia em mais de 50% dos casos. São as comorbidades como: síndrome da fadiga crônica, síndrome do intestino irritável, enxaqueca, síndrome das pernas inquietas, fenômeno de Raynaud, depressão, ansiedade, síndrome da apneia do sono e bexiga irritável, por exemplo. Acredita-se que os fibromiálgicos perdem a capacidade de regular a sensibilidade dolorosa. O controle da dor é feito pela serotonina, que se encontra diminuída nesses pacientes. Desta forma, muitos dos impulsos que chegam e saem do cérebro são identificados erroneamente, como dor. É como sentir dor onde verdadeiramente não existe dor. Em verdade, a dor é da alma que se comprometeu moralmente, nesta e em existências passadas” (CARVALHO, 2010, on-line).


Sobre as causas físicas do desencadeamento da doença, explica o médico:

“A falta de condicionamento físico, ou seja, sedentarismo, é apontado como o principal fator de risco. Pouquíssimos atletas desenvolvem fibromialgia, diz Jamil Natour, reumatologista da Unifesp. Outros fatores relevantes são: mudanças hormonais na menopausa, estresse e traumas emocionais. Doenças infecciosas e a hereditariedade são também fatores importantes no desencadeamento da enfermidade” (CARVALHO, 2010, on-line).


A seguir, o Dr. Carvalho é questionado se a enfermidade tem cura, ao que responde:


“A remissão completa da fibromialgia é difícil, mas não impossível. O tratamento é obrigatoriamente multidisciplinar, abrangendo os aspectos orgânicos, psicológicos, sociais e espirituais. A atividade física, feita em ritmo moderado e com longa duração, eleva a capacidade respiratória (aeróbica), aumenta a musculatura e a força. O exercício de baixo impacto reequilibra o sono, eleva a serotonina, produz endorfinas e somatostatina que melhora o trofismo muscular. Essas medidas resolvem 50% a 60% dos casos. O tratamento alopático engloba diversas drogas, como o antidepressivo tricíclico, em doses baixas. A homeopatia, a Terapia Floral de Bach e a Acupuntura também apresentam bons resultados, mas os tratamentos psicológicos e espirituais se impõem pela necessidade da transformação moral urgente. Sabemos que o caráter básico dos fibromiálgicos é o perfeccionismo e a sua rigidez consciencial característica, transbordando para o corpo todos os conteúdos presentes e pretéritos, que necessitam ser trabalhados” (CARVALHO, 2010, on-line).


Chegando ao ponto chave do presente artigo, o Dr. Carvalho esclarece sobre a doença do ponto de vista espiritual:


“A fibromialgia é considerada por muitos como uma depressão mascarada, e, como sabemos, uma enfermidade que não apresenta nenhuma lesão, nenhum quadro inflamatório e nenhuma comprovação laboratorial e radiológica. O caráter perfeccionista de seus portadores leva-nos a inferir os erros cometidos em existências passadas e comprovados por inúmeras regressões de memória desses pacientes. Um caso bem interessante, de um paciente que foi submetido à regressão de memória, evidenciou uma existência papal, que autorizou a carnificina da “Noite de São Bartolomeu”. Esse papa era extremamente rígido, perfeccionista e com sintomas somáticos compatíveis com a fibromialgia. No final de sua desperdiçada existência, onerado de culpas, pronuncia esta frase reveladora: “Só me resta a dor”. Essa frase-decisão, transferiu-se para a atual existência sob a forma de fibromialgia, personalidade perfeccionista e culpada. É a reencarnação para depurar os condenados endividados com os Estatutos Superiores”.


Finalmente, a Folha Espírita questiona se a fibromialgia sobre influência da não aceitação da mediunidade, obtendo como resposta do Dr. Carvalho:


“A fibromialgia é uma patologia medianímica, por ser uma síndrome ectoplasmática, cujo substrato sofre a atuação dos espíritos obsessores, que se afinam com os caracteres morais dos obsidiados. A mediunidade se presta ao trabalho do autoconhecimento, da autoaceitação e notoriamente da transformação moral. Se não houver a compreensão nítida da complexidade holística dessa e de outras patologias, fica extremamente árido o campo de cura ou de abrandamento da sintomatologia presente nas enfermidades” (CARVALHO, 2010, on-line).


De acordo com a Metafísica, os portadores da fibromialgia precisam contar com o apoio e incentivos das pessoas com as quais convive. Essas pessoas não agem quando precisam agir, e acabam perdendo a chance de realizar qualquer coisa que seja. Essas pessoas passaram anos e anos se dedicando a outras pessoas e não tiveram tempo hábil para resolver seus próprios problemas e, às vezes, também não contaram com nenhum incentivo e consideração dos demais para que investissem em si mesmas. Sendo assim, acostumadas a essa constante, terminam por sentir culpa quando suas ações, sejam elas quais forem, acabam desagradando pessoas com as quais convive (ESPIRITUALIDADE SEMPRE, 2011, on-line).


Diante de tais explicações, importante voltar a afirmar de forma veemente que nenhum tratamento espiritual exclui o tratamento indicado por médicos, mas o tratamento médico também não pode excluir o espiritual e é ideal que atuem concomitantemente. Sendo assim, os portadores da fibromialgia demandam um tratamento multidisciplinar e também, do apoio, carinho, respeito, aceitação e compreensão das pessoas que integram o seu círculo de vida.


Mais uma vez, o amor pelo próximo é a chave para o sucesso!


Paz a todos.


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REFERÊNCIAS:


ESPIRITUALIDADE SEMPRE. Metafísica – Fibromialgia. Disponível em: http://espiritualidade-sempre.blogspot.com.br/2011/09/metafisica-fibromialgia.html. Acesso em: 24 de agosto de 2022.


MASSUCI, Ana Maria Teodoro. Uma visão Espírita da Fibromialgia, entrevista com Dr. José Henrique Rubim de Carvalho. Disponível em: https://www.espiritbook.com.br/profiles/blogs/uma-vis-o-esp-rita-da-fibromialgia. Acesso em: 24 de agosto de 2022.

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