A responsabilidade das nossas escolhas
Juliana Procópio
Ouvindo o relato de uma reportagem sobre vários médicos em Sorocaba, SP que assinam o ponto e vão embora trabalhar em outro lugar só tenho uma coisa a dizer: “Há quem muito é dado, muito será cobrado”, pois “Aquele, pois, que não o põe em prática para se melhorar, que o admira apenas como interessante e curioso, sem que seu coração seja tocado, que não se faz menos fútil, menos orgulhoso, menos egoísta, nem menos apegado aos bens materiais, nem melhor para o seu próximo, é tanto mais culpado, quanto teve maior facilidade para conhecer a verdade." (Lucas: 12:48). Nada fica escondido aos olhos do Criador.
Quando temos o conhecimento em mãos e deixamos de fazer o que deveríamos fazer por preguiça ou para fazer algo que não deveríamos estar fazendo naquele momento estamos realizando corrupção. A responsabilidade que temos não pode ser transferida para outra pessoa.
Cada pessoa ao vir ao Planeta Terra tem em si a missão de evoluir enquanto ser criado à semelhança do Pai. Devemos aproveitar essa oportunidade para construir bons frutos seja na profissão que escolhemos, no tipo de vida que temos e nas oportunidades que nos apresentam.
Todas as vezes que nos afastamos de nós mesmos em detrimento de coisas mais fáceis e mundanas acabamos atraindo para nós mais dividas e com elas mais sofrimento.
Qual a felicidade que um dinheiro recebido indevidamente pode trazer? Uma ilusão momentânea de felicidade? Uma sensação de esperteza em detrimento de tantos outros ditos “idiotas”? Mas e a responsabilidade que temos em relação ao outro também? Como fica? E a nossa verdade enquanto espírito?
Estamos passando por um período de intensa turbulência onde as energias do mal se acirram e muitas pessoas se abatem em virtude da enxurrada de informação e noticias negativas que são vinculadas todos os dias nos meios de comunicação. Temos um mundo de coisas boas. Nosso Planeta é de uma exuberância sem limites, cheio de pessoas boas, algumas adormecidas ou amortecidas pela dor, que precisam de boas vibrações e bons incentivos.
Então pessoas como esses médicos, professores, advogados, juízes, padeiros e qualquer profissão que envolva o atendimento ao outro ou que dele dependa, quando faz com desamor, quando as atividades são realizadas com o uso da maledicência, estão momentaneamente achando que estão ganhando algo, mas na verdade estão perdendo.
Devemos fazer para o outro aquilo que queremos receber, mesmo que não seja a recompensa vista no momento, pois como diz, “mas quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua mão direita”, (Mateus 6:3).
Portanto quando fazemos algo a alguém não devemos esperar nada em troca, já que o que fazemos esperamos que no futuro, venha na forma de louvores. Como diz Mario Sérgio Cortella, “ética é tudo aquilo que fazemos quando ninguém está vendo”, ou seja, o que somos, somos em todos os lugares, independente de com quem ou qual situação esteja.
O trabalho mais simples tem o seu mais alto valor, pois todos os trabalhos são necessários para que a vida em sociedade caminhe. Se você faz o seu trabalho com amor, ele deixará de ser trabalho, ao passo que por maior que seja o seu cargo, se não há satisfação e amor no que se faz, ele se torna um fardo.
Às vezes a vida nos provoca situações que entramos em desespero e nos perguntamos o porquê de sofrermos tanto. Mas os ventos da mudança e a colheita são para todos. Como já dizia Chico Xavier, “Tudo Passa”. Não há nada que fique oculto. Por isso faça o bem. Fortaleça seu espírito com boas atitudes. Como já disse em texto anterior, agradeça as pequenas coisas da vida. Não tire da boca do seu irmão o pão com o uso da corrupção, pois você está tirando da sua alma o fruto da evolução.
Que sejamos luz.
Que o Senhor Jesus esteja conosco.
A felicidade é o caminho e caminhando estou.
*Juliana Procopio é colunista voluntária do Blog Letra Espírita. Leia outros artigos de sua autoria clicando aqui.
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