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Depressão pós-parto


Por: Fernanda Oliveira

“Deus nos concede, a cada dia, uma pagina de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocamos nelas corre por nossa conta”. ( Chico Xavier)


A vida para nós se inicia quando Deus nos criou como espíritos. Já nascemos, vivemos e morremos milhares de vezes antes dessa vida. O processo de reencarnação é organizado: antes da concepção biológica existe todo um planejamento, a partir do momento da fecundação o espírito inicia a sua ligação com o corpo físico em formação. Somos seres interexistentes, os espíritos retornam ao plano terreno, obedecendo um planejamento que se iniciou muito antes do próprio nascimento atendendo às necessidades de evolução dos envolvidos com a certeza que todas as circunstâncias que nos envolvem fazem parte do planejamento que aceitamos para o nosso progresso.


Tudo é planejado para que o convívio familiar seja uma experiência intensa, educativa e de muito aprendizado e amor. Em muitos casos, trata-se de espíritos muito amigos, que já tem afinidade e que planejam uma nova vivência para evoluírem e promoverem o bem.


Porém, existem casos que pais e filhos não chegam em um acordo para a vida em conjunto, essa coexistência existe para gerar afinidade e amor. Como a evolução é o propósito precisam das dificuldades para poderem juntos superarem as diferenças e crescerem.


Depressão é uma combinação de sintomas em que prevalece a falta de ânimo, a descrença pela vida e um profunda sensação de abandono e solidão. Do ponto de vista da medicina, depressão é a falta de neurotransmissores no cérebro causada por fatores biológicos, psicológicos e sociais e grandes alterações hormonais.


Normalmente pais e filhos reencarnam com o propósito de ajustes, espíritos que precisam se perdoarem e aprenderem a se amar. A cada encarnação há um novo recomeço, um reencontro com aqueles que temos algo a prender e ensinar.

Nossos valores guiam nossas decisões que guiam o nosso destino, vida é relação e convívio. Toda dificuldade vem para reorientar o nosso caminho existencial, afinal crescimento pessoal é um processo infinitamente repetitivo.


Algumas mulheres apresentam melancolia após o parto, uma tristeza profunda; se essa tristeza ultrapassar 20 dias, provavelmente a mãe está com depressão pós-parto , que é uma condição mais severa que as reações normais de tristeza.

Pode haver alguma dificuldade anterior entre o espírito da mãe e do bebê e assim a mãe sentir essa energia contraditória,sentir medo e tristeza, repulsa pelo filho, ficar sem vontade de se cuidar e cuidar do bebê e o recém nascido acaba sentindo essa rejeição.


Muitas vezes esses dois espíritos já vivenciaram emoções desequilibradas. O ser humano antes de tudo é um ser espiritual, traz gravado no seu inconsciente todas as lembranças das vidas passadas. Essas lembranças vem em forma de sentimentos.


Depressão pós-parto não é fraqueza, preguiça, falha de caráter ou motivo de culpa. A mulher está passando por um momento de emoções desequilibradas, sentimentos negativos e muitas alterações hormonais. A doença é um sinal de alerta, é um desequilíbrio do corpo. Não é uma causa mas a conseqüência por sermos indisciplinados mentalmente e emocionalmente. O corpo humano funciona como uma esponja que suga o que vai no espírito. O corpo físico expressa o que vai nos nossos pensamentos, atitudes, no nosso interior e coração.


A doença não é uma punição, é sim recurso de aprendizado. Certos acontecimentos e doenças são permitidas para estimular o espírito a cumprir com a sua jornada evolutiva.


A fase da maternidade gera interiormente uma revolução, há a necessidade de uma adaptação ao novo momento e a capacidade de vivenciar de forma positiva e equilibrada essa nova etapa. Nenhuma doença ou diagnostico define a vida de uma pessoa.


A mãe precisa entender e esforça-se para estabelecer o equilíbrio, pois está passando pela prova de maternidade. Com muita paciência, persistência, dedicação e amor mãe e bebê irão se adaptar a essa nova etapa existencial. O ambiente familiar é capaz de transformar laços antipáticos em laços de amor e afinidade, reavendo compromissos assumidos e firmados em outras vidas.


A questão 891 de O Livro dos Espíritos esclarece : Às vezes, é uma prova que o Espírito do filho escolheu, ou uma expiação, se aconteceu ter sido mau pai, ou mãe perversa, ou mau filho, noutra existência (392). Em todos os casos, a mãe má não pode deixar de ser animada por um mau Espírito que procura criar embaraços ao filho, a fim de que sucumba na prova que buscou. Mas, essa violação das leis da Natureza não ficará impune e o Espírito do filho será recompensado pelos obstáculos de que haja triunfado.”


A cura é a restauração biológica que reorienta o espírito , é como perder o caminho, a direção e depois retornar para a rota. A busca pelo equilíbrio faz com que cuidemos de todas as áreas de nossa vida com atenção e cuidado.


Cada mulher tem seu próprio caminho, suas necessidades especificas, seus desafios e precisa ter a força necessária para modificar esse panorama, procurando restabelecer o equilíbrio entre o corpo, a mente e o espírito.


A vida na Terra ganha real significado quando atendemos à nossa programação reencarnatória, aceitando aquilo que nos propusemos antes de regressar.


Maternidade é oportunidade de crescer e aprender a amar. A mulher pode e deve mudar essa condição criando para si novos caminhos.


Vamos caminhando buscando o nosso equilíbrio, cultivando pensamentos elevados e positivos e praticando o bem com muitas energias positivas.


-Referências Bibliográficas:

1-O Livro dos Espíritos- Allan Kardec –Editora EME

2-Alves, Walter Oliveira. A Construção da Mente. Editora IDE.

3-Moysés ,Lucia. Deus Confia nos pais. Editora EME.


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