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Os Problemáticos Relacionamentos Familiares



Juliana Procópio


Ao debater com colegas a respeito do meu texto sobre a culpa, fui indagada por um deles que me solicitou que quando possível, procurasse escrever sobre o porquê de algumas pessoas terem dificuldade de se relacionar com “os seus” e tratar bem os “de fora”. Lembrei-me de casos de amigos em que a mãe ou o pai preterem um filho em detrimento dos outros, daquelas pessoas que maltratam seus parentes, mas tratam bem pessoas desconhecidas, de irmãos que se odeiam ou não se suportam pais com filhos, filhos com pais.

Muitos dos que temos como circulo de parentesco e amizade foram de algum modo nossos conhecidos em outras reencarnações. São espíritos que como nós, podemos trazer dessas experiências anteriores memórias, mesmo que momentaneamente as esquecemos para nosso benefício, de amor, alegria, raiva, mágoas e que se refletem nas relações atuais de maneira que não sabemos como explicar.

Atraímos-nos por afinidades, pelos laços de afeto e desafeto que nos unem. Muitas vezes nos propomos a nascer em um lar juntamente com desafetos de outrora na esperança desse resgate, mas o livre arbítrio de cada um e a força dos desafetos, mesmo banhados pelo esquecimento salutar não impede que haja uma incompatibilidade, animosidade e muitas vezes até pura hostilidade por parte de membros de uma mesma família.

Não obstante, ouvimos relatos de pessoas que dizem encontrar em pessoas fora do seu convívio familiar, verdadeiros irmão e ou pais com afinidades muito próximas, o que não ocorre na família consanguíneo.

Pesquisando sobre isso encontrei uma passagem onde Jesus disse: “Só em sua própria terra, entre seus parentes e em sua própria casa, é que um profeta não tem honra”. Marcos 6:4. Infelizmente não podemos fazer mudanças internas nos outros, mas podemos sim e devemos fazer em nós mesmos. É para isso que reencarnamos. Nós temos nossa parcela de culpa nas ocorrências do passado e devemos sim tentar resgata-las, mas também deus não quer que seus filhos sofram. Conheço o caso de uma moça que ajudou a mãe financeiramente inúmeras vezes, mas a mesma negava-se a deixar um prato de comida feito para a filha quando esta chegava tarde da noite do trabalho, até que a mesma cansou e resolveu cuidar um pouco mais de si. Ela passou toda a vida tentando agradar e conquistar um afeto que a mãe só conseguiu dar aos outros filhos. Ela não se revoltou, pelo contrário, foi atrás de seus sonhos e é uma profissional de sucesso e mãe muito amorosa. Resolveu doar esse amor todo a outras pessoas e deixar o tempo ajudar a esclarecer as coisas com sua mãe.


A revolta gera mais dor. Doar-se gera amor. As dividas serão sanadas de outra forma, pois Deus é maravilhoso na sua bondade. Pague o mal com o bem, só assim a pessoa poderá refletir sobre seus atos. O mal reforça o mal. O bem derruba o mal, pois “não vos vinguei a vós mesmos, amados, mas daí lugar a irá; por que está escrito: a mim me pertence à vingança, eu é que retribuirei, diz o Senhor”. Romanos, 12:19. Cada um é responsável pelo que plantou. Não há a necessidade que nos lancemos sobre os outros como espíritos vingadores, com cede de justiça, a nossa justiça, pois essa missão não é nossa.

A revolta não fará bem ao seu interlocutor visto que machuca, sufoca e danifica nossa vida. Perdoar é a maior e mais difícil tarefa que nos foi dado. Muitas vezes nos revoltamos e nos afastamos ou agredimos verbalmente o causador dessa dor que é a indiferença e a agressão voluntária. Das duas o afastamento quando possível ainda é a melhor das escolhas, pois essas relações que alguns chamam de “tóxicas” depois de um certo tempo não nos fazem bem e Deus não quer que seus filhos sofram indefinidamente. Que possamos perdoar esses parentes que não correspondem aos nossos afetos e toquemos nossas vidas na busca por bons pensamentos, boas atitudes e bons trabalhos. Jesus pede que nos reconciliemos com nossos desafetos, mas isso não implica que devamos aceitar tudo o que recebemos destes, bem como “viver de amores”, mas devemos na medida de nossas forças procurar reparar nossas desavenças e promover uma boa convivência para assim sanar parte de nossa divida para com esse ente. Provavelmente você não morrerá de amores por este, mas o perdão liberta. Acredite, o perdão liberta. “Perdoar não é esquecer e sim lembrar da ofensa sem dor”.

Que sejamos luz.

Que o Senhor Jesus esteja conosco.

A felicidade é o caminho e caminhando estou.

*Juliana Procopio é colunista voluntária do Blog Letra Espírita. Leia outros artigos de sua autoria clicando aqui.

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