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Ufologia na Visão Espírita



Muito mistério circunda o presente tema, que é sempre envolto de variadas perguntas e poucas respostas. Alguns afirmam já ter feito contato com seres extraterrestres, outros duvidam, e os filmes de terror sempre os retratam de forma maligna e perigosa. Mas, qual a visão espírita acerca do tema?

Em forma de estudo, este artigo demonstrará que o Livro dos Espíritos, o Evangelho Segundo o Espiritismo e A Gênese, todas pertencentes à codificação básica do Espiritismo, aduzem acerca da vida em outros orbes.

No Livro dos Espíritos, questões 55 a 59, entende-se:

55 – Todos os globos que circulam no espaço são habitados?

Resposta – Sim, e o homem da Terra está de ser, como crê, o primeiro em inteligência, em bondade e perfeição. Todavia, há homens que se creem muito fortes, que imaginam que somente seu pequeno globo tem o privilégio de abrigar seres racionais. Orgulho e vaidade! Julgam que Deus criou o Universo só para eles.

56 – A constituição física dos diferentes globos é a mesma?

Resposta – Não, eles não se assemelham de modo algum.

57 – A constituição física dos mundos não sendo a mesma para todos, seguir-se-á tenham organização diferente os seres que os habitam?

Resposta – Sem dúvida, como para vós os peixes são feitos para viverem na água e os pássaros no ar.

58 – Os mundos mais afastados do Sol estão privados de luz e de calor, uma vez que o Sol se mostra a eles apenas com a aparência de uma estrela?

Resposta – Crede, pois, que não existem outras fontes de luz e de calor além do Sol, e não considerais em nada a eletricidade que, em certos mundos, tem um papel que desconheceis, e muito mais importante que sobre a Terra? Aliás, não dissemos que todos os seres sejam da mesma matéria vossa e com órgãos dispostos como os vossos.

Nota de Kardec – As condições de existência dos seres que habitam os diferentes mundos devem ser apropriadas ao meio para o qual foram chamados a viver. Se não tivéssemos jamais visto os peixes, não compreenderíamos como esses seres podem viver dentro da água. Assim acontece em outros mundos que contêm, sem dúvida, elementos que desconhecemos. Não vemos nós, sobre a Terra, as longas noites polares iluminadas pela eletricidade das auroras boreais? Que há de impossível que, em certos mundos, a eletricidade seja mais abundante que sobre a Terra e desempenhe um papel de ordem geral cujos efeitos não podemos compreender? Esses mundos podem, pois, conter em si mesmos as fontes de calor e de luz necessárias aos seus habitantes.

Sendo assim, dessas questões retiramos as assertivas de que é real que todos os mundos que conhecemos, e que desconhecemos, são habitados por seres que se distinguem de nós seres humanos, que possuem necessidades diferentes e cujos orbes oferecem a eles tudo o que precisam, mesmo que não entendamos, haja vista que sua constituição se difere da nossa e orgulhosamente pensamos haver possibilidade de vida apenas no planeta Terra.

O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo III, itens 3 e 4 nos trazem as seguintes informações:

3 – Dos ensinamentos transmitidos pelos Espíritos, resulta que os diversos mundos estão em condições muito diferentes umas das outras quando ao grau de avanço ou de inferioridade de seus habitantes. Entre eles, há alguns em que seus habitantes são ainda inferiores aos da terra, física e moralmente; outros estão no mesmo grau e outros lhes são mais ou menos superiores sob todos os aspectos. Nos mundos inferiores, a existência é totalmente material, as paixões reinam soberanas, a vida moral é quase nula. À medida que esta se desenvolve, a influência da matéria diminui, de tal maneira que nos mundos mais avançados a vida é, por assim dizer, totalmente espiritual.

4 – Nos mundos intermediários, há mistura do bem e do mal, predominância de um ou de outro, segundo o grau de avanço. Embora não se possa fazer dos diversos mundos uma classificação absoluta, pode-se, contudo, em virtude de seu estado e de seu destino, e tomando por base os matizes mais destacados, dividi-los de modo geral como segue: mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações da alma humana; mundo de expiações e provas, onde domina o mal; mundos regeneradores, onde as almas que ainda têm o que expiar haurem novas forças, ao mesmo tempo em que repousam das fadigas da luta; mundos felizes, onde o bem suplanta o mal; mundos celestes ou divinos, morada dos Espíritos depurados, onde reina exclusivamente o bem, razão pela qual o homem nela vive envolto em tantas misérias.

Autoexplicativo, os trechos do Evangelho Segundo Espiritismo aduzem sobre os diferentes mundos e suas classificações dentro da Doutrina Espírita. Já no livro A Gênese, capítulo XI, itens 7 a 9, tem-se:

7 – Sendo admitido o ser espiritual, e sua fonte ao podendo estar na matéria, qual é a sua origem, o seu ponto de partida?

Resposta – Aqui, os meios de investigação fazem absolutamente falta, como em tudo o que se prende ao princípio das coisas. O homem não pode constatar senão o que existe; sobre todo o resto, não pode emitir senão hipóteses; e seja que esse conhecimento ultrapasse a capacidade de sua inteligência atual, seja que há para ele inutilidade ou inconveniência em possuí-lo para o momento, Deus não lhe dá, mesmo pela revelação. O que Deus lhe faz dizer, pelos seus mensageiros, e o que, aliás, o homem poderia deduzir, ele mesmo, do princípio da soberana justiça, que é um dos atributos essenciais da Divindade, é que todos têm um mesmo ponto de partida; que todos são criados simples e ignorantes, com uma igual aptidão para progredir pela sua atividade individual; que todos atingirão o grau de perfeição compatível com a criatura pelos seus esforços pessoais; que todos sendo filhos de um mesmo Pai, são o objeto de uma igual solicitude; que não há nenhum mais favorecido ou melhor dotado que os outros, e dispensado do trabalho que seria imposto a outros para alcançar o objetivo.

8 – Ao mesmo tempo que Deus criou mundos materiais de toda a eternidade, igualmente criou seres espirituais de toda a eternidade; sem isso, os mundos materiais estariam sem objetivo. Conceber-se-ia antes os seres espirituais sem os mundos materiais, que estes últimos sem os seres espirituais. São os mundos materiais que devem fornecer aos seres espirituais os elementos da atividade para o desenvolvimento de sua inteligência.

9 – O progresso é a condição normal dos seres espirituais, e a perfeição relativa ao objetivo que devem alcançar; ora, Deus tendo criado de toda a eternidade, e criando sem cessar, de toda a eternidade também terá havido os que alcançaram o ponto culminante da escala. Antes que a Terra existisse, mundos haviam sucedido os mundos, e quando a Terra saiu do caos dos elementos, o espaço estava povoado de seres espirituais, em todos os graus de adiantamento, desde aqueles que nasciam para a vida, até aqueles que, de toda a eternidade, tomaram lugar entre os puros Espíritos, vulgarmente chamados de anjos.

Diante de todos esses ensinamentos, conclui-se sim, que há vida em outros planetas, diferentes das condições a que estamos habituados, com seres que se diferem sobremaneira de nós mesmos, com necessidades diferentes e graus evolutivos diferentes dos nossos. O mistério que envolve o tema cai por terra quando diante das explicações acima aludidas, portanto, o estudo da Doutrina é de suma importância para que deixemos de lado animismos e fantasias que em nada acrescentam em nossa estrada de evolução.

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