Visão Espírita do Divórcio
Muitos casais esperam viver o chamado “felizes para sempre”. Porém, a vida nem sempre funciona assim, a separação é um dos processos mais dolorosos a que estamos sujeitos na Terra.
Qual a visão espírita do divórcio?
O que o espiritismo diz sobre a fala sobre a passagem: “Não separeis o que Deus Uniu”?
Para o espiritismo, o divórcio é uma lei humana, que precisa ser utilizada de acordo com cada cultura, de acordo com os costumes da época, a partir do momento, que não se leva mais em consideração a lei do amor.
A doutrina não condena o divórcio, já que esta separação, só formaliza aquilo que já estava desfeito há muito tempo. O que acabou foi a atração sexual, a simpatia, a paixão, etc.
Já em relação a passagem: “Não separeis o que Deus Uniu”, a doutrina compreende da seguinte forma:
“O que o amor juntou, o amor de Deus, esse ninguém separa”, Alexandre Caldini
No programa Interpretando a Vida, Caldini comentou esta passagem e citou como exemplo:
“Isso é diferente de duas pessoas que se casaram e não estão bem, não se gostam mais. Essas pessoas não tem nenhum problema em se separar”.
Diante disso, conclui-se que o que Deus não quer é o fim do amor!! O amor legítimo diz respeito a pureza, a um laço espiritual e não físico.
E de acordo com a obra O Evangelho Segundo o Espiritismo:
“O divórcio é lei humana que tem por objeto separar legalmente o que já, de fato, está separado. Não é contrário à lei de Deus, pois que apenas reforma o que os homens hão feito e só é aplicável nos casos em que não se levou em conta a lei divina.
Se fosse contrário a essa lei, a própria Igreja seria obrigada a considerar prevaricadores aqueles de seus chefes que, por autoridade própria e em nome da religião, hão imposto o divórcio em mais de uma ocasião. E dupla seria aí a prevaricação, porque, nesses casos, o divórcio há objetivado unicamente interesses materiais e não a satisfação da lei de amor.”
(…) nem mesmo Jesus consagrou a indissolubilidade absoluta do casamento. Não disse ele: “Foi por causa da dureza dos vossos corações que Moisés permitiu despedísseis vossas mulheres”? (MATEUS, 19:3 a 9). Isso significa que, já ao tempo de Moisés, não sendo a afeição mútua a única determinante do casamento, a separação podia tornar-se necessária”.
Acrescenta, porém: “no princípio, não foi assim”, isto é, na origem da Humanidade, quando os homens ainda não estavam pervertidos pelo egoísmo e pelo orgulho e viviam segundo a lei de Deus, as uniões, derivando da simpatia, e não da vaidade ou da ambição, nenhum ensejo davam ao repúdio.”
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Fonte: RBN
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