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Finados na Visão Espírita



O dia dos finados existe há muitos séculos, em respeito aos entes queridos que se encontram desencarnados. Apesar de o dia 02 de novembro passar a ser declarado feriado para a Igreja Católica somente no século XIII, antes disso, segundo León Denis, o estabelecimento de uma data específica para a comemoração dos mortos foi uma iniciativa dos druidas, dentro da sociedade celta, pois eles acreditavam na continuação da existência depois da morte do corpo físico.

Uma curiosidade é que os druidas se reuniam nos lares, e não nos cemitérios, no primeiro dia de novembro, para homenagear e evocar os mortos. A data foi mudada pela Igreja para 02 de novembro, pois dia 01 de novembro é celebrada a festa de todos os santos para o catolicismo.

Hoje em dia é muito comum entes queridos e familiares visitarem sepulturas e homenagearem aqueles que agora se encontram do outro lado da vida, o que faz com que a data se torne um dia de lembranças saudosas. Porém, como conhecedores da Doutrina Espírita, sabemos que o desencarne nada mais é do que o desprendimento que o nosso espírito faz do corpo físico, trazendo, muitas vezes, alívio aos que deixam a vida terrena, logo, esse mundo material não deve mais importar à maioria dos espíritos, que continuam a viver.

O espírito ao desencarnar não permanece em sua sepultura, portanto ali se encontra apenas um símbolo material aonde seus restos mortais foram depositados. Pode ocorrer que no dia dos finados os Espíritos vão ao encontro de seus entes queridos em cemitérios, assim como também podem ir ao encontro deles, em qualquer lugar, em qualquer dia e hora, pois o que nos liga entre os dois planos da vida é o pensamento, que é a forma de nos conectarmos com aqueles que não estão mais aqui.

Em “O Livro dos Espíritos”, há um capítulo reservado apenas para o assunto e reunindo as respostas da Espiritualidade dá para entender que um velório, memorial ou uma visita é de grande importância para nós encarnados, pois nos trazem alívio, conforto e bons sentimentos que nos impulsam a continuar a caminhada se o vínculo com o desencarnado ainda for muito forte. É algo mais essencial para nós do que para eles.

Diz a obra básica na questão 323: A visita ao túmulo proporciona mais satisfação ao Espírito do que uma prece feita em sua intenção? Os Espíritos respondem que “A visita ao túmulo é uma maneira de se manifestar que se pensa no Espírito ausente: é a exteriorização desse fato. Eu já vos disse que é a prece que santifica o ato de lembrar; pouco importa o lugar, se a lembrança é ditada pelo coração.”.

O dia dos finados, então, passa a ser uma data para lembrarmos com carinho daqueles que partiram da vida terrena, podendo se colocar como uma data que não nos deixa esquecer todos que se foram, apesar de que não deveríamos ter apenas um dia para esta lembrança carinhosa. É uma data que possuí simbologias materiais, mas também possuí uma simbologia de amor e respeito, sendo assim, o dia em que todos aqueles que passaram por nossas vidas são lembrados e homenageados com todo sentimento de saudade que aqui fica.

Por fim, lembre-se de que a vida não cessa, pois o ciclo é vida após vida, renovação após renovação. Não se sinta injustiçado por ter sido separado do ente querido, existem razões que talvez você não vá compreender neste momento, mas que um dia compreenderá. Transforme a saudade em mais trabalho de amor e distribua aos irmãos que você sabe estarem necessitados. Deixe que seu ente querido siga em paz e fique você também em paz, seguindo cada um rumo à sua auto evolução, cada qual em um dos planos da vida, fazendo então de suas boas ações um ato de amor ao próximo.

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