O Homem e a Boa Vontade
Milena Maia
Na imensidão do Seu amor infinito, Deus nos revela a Boa Vontade como propulsora das boas ações que o homem pratica. Na sua efêmera existência terrena, o ser humana utiliza de pensamentos, palavras e ações para moldar cada experiência reencarnatória.
Na trajetória terrestre, se vê frente aos desafios que lhe imprimem a superação das más tendências e vicissitudes. A preguiça e a satisfação do ego surgem como exemplos graves que comprometem o seu espírito em busca da felicidade eterna.
“(...) Amar ao próximo como a si mesmo: fazer para o outro o que queríamos que os outros fizessem a nós” é a mais completa expressão de caridade, porque resume todos os deveres para com o próximo, segundo está no Evangelho Segundo o Espiritismo (ESE). Portanto, o homem é novamente convidado a utilizar de sua vontade, agora raciocinada e fundamentada, para praticar o amor de Deus ensinado por Jesus, conforme a premissa de que “a verdadeira vida não está sobre a Terra, mas no reino dos céus” também no ESE, capítulo 1.
Com o advento do Espiritismo, as manifestações e os efeitos das atitudes do homem são de sua responsabilidade ditando a trajetória feliz ou não de seus dias. Tanto o Bem _ expressão da maturidade espiritual, como o mal _expressão da ignorância do espírito frente a lei do Amor de Deus, continuam então a forjar o seu futuro. No entanto, o grau do adiantamento moral o conduzirá a superação das causas de seus desgostos.
Na questão nº 672 do Livro dos Espíritos nos é revelado que “a intenção é tudo e o fato, nada”, sobre o julgamento de Deus acerca dos sacrifícios humanos na Antiguidade. A interpretação da intenção, no entanto, progride consoante ao esclarecimento do espírito. Se na Antiguidade, devido a uma crença falsa, o homem agia por boa vontade, na sua evolução intelectual e moral, a boa vontade se apresenta conceitualmente refinada e as boas ações refletem a compreensão das leis divinas e a sua relação com Deus.
Se Deus é a expressão máxima do Amor, caminhar até Ele dependerá da vontade de cada ser. Pelo livre-arbítrio, o homem está livre para tomar as decisões que lhe cabe, pois já possui a faculdade do pensamento e da ação e se faz “senhor do ceder ou do resistir” tanto ao bem quanto ao mal, conforme as questões 843 e 851 do Livro dos Espíritos.
Ao resistir a toda ideia imperfeita, o homem se permite pela boa vontade predominante, elevar-se moral e espiritualmente. Consequentemente, praticará a caridade como princípio do amor ao próximo e amará ao inimigo como virtude sublime.
Portanto, pela misericórdia divina é dado ao homem oportunidades para a reconciliação e retratação das faltas cometidas através de sucessivas reencarnações. A fim de alcançar a sua evolução, a lei de Deus novamente se manifestará na consciência, cabendo ao espírito reencarnado movimentar a sua boa vontade para servir com amor, sendo bom ao próximo como a si mesmo.
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