Perdoar 70 x 7
Engana-se aquele que pensa que o ato de perdoar é sacrifício que se faz em prol de outrem; pobre vítima da ilusão que ofusca até a mais bem intencionada das almas!
Perdoar é, antes de tudo, aceitar; é libertar-se das amargas vergastas do rancor e do egoísmo; é compreender a dor à luz da razão; é desapegar-se do sufocante enlace do desespero. É, portanto, sacrifício que se faz em prol de si mesmo, mediante o aprendizado de amar o ofensor, relevando, para tanto, os atos por ele praticados.
Ora, quem, pois, se beneficiaria mais do perdão, senão aquele que perdoa? Não se pode, é verdade, alterar o passado. Não obstante, é possível escolher entre sofrer pelo que não se pode mudar e aprender a lidar com as árduas lições lecionadas pela vida, que são, antes, uma dádiva do que um suplício.
Em vão, martiriza-se quem, por ódio ao inimigo, não o perdoa; o mal que se faz, nesse caso, não é a ele, mas a si mesmo. Ao ofensor, talvez, seja indiferente o exercício do perdão por parte do ofendido, mas, de outra parte, jamais será indiferente, ao ofendido, a libertação que decorre do ato de perdoar.
O ofensor sofrerá, não pela falta do perdão do ofendido, mas pelo mal que causou. Já o ofendido, por sua vez, tem, mediante o perdão, a escolha de desvencilhar-se do sofrimento outrora causado.
O perdão é virtude que decorre do precioso ensinamento que nos instrui a amar ao próximo como a nós mesmos, bem como pressuposto essencial para qualquer reforma moral e íntima, pautada nos valiosíssimos preceitos do Cristo.
Perdoemos, portanto, ao próximo, assim como gostaríamos que fôssemos por eles perdoados, sejam necessárias sete vezes ou setenta vezes.
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