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Reencontro com Entes Queridos


Por: Fernanda Oliveira


A morte é uma transição, é a mudança de um mundo transitório físico para o retorno ao mundo espiritual. Deixamos o corpo físico de carne e continuamos vivos em outra dimensão da existência.


De acordo com o livro O Que é o Espiritismo podemos entender que: “O estado da alma varia consideravelmente segundo o gênero de morte, mas, sobretudo, segundo a natureza dos hábitos durante a vida. Na morte natural, o desprendimento se opera gradualmente e sem abalo, começando mesmo antes que a vida esteja extinta. Na morte violenta, por suplício, suicídio ou acidente, os laços são partidos bruscamente; o Espírito, surpreendido, fica como que tonto com a mudança nele efetuada, e não acha explicação para a sua situação.”


Quando desencarnamos podemos encontrar com nossos entes queridos, a vida é de relações com os espíritos, ora estamos encarnados ora desencarnados. Fazemos parte do mundo dos espíritos, existe essa atração magnética entre os espíritos e existem muitas oportunidades para os espíritos se agregarem.


Conforme elucida a questão 289 de O Livro dos Espíritos: “Sim, os Espíritos vão ao encontro da alma a quem são afeiçoados. Felicitam-na, como se regressasse de uma viagem, por haver escapado aos perigos da estrada, e ajudam-na a despender-se dos liames corporais. É uma graça concedida aos bons Espíritos o que lhes virem ao encontro os que os amam, ao passo que aquele que se acha maculado permanece em insulamento, ou só tem a rodeá-lo os que lhe são semelhantes. É uma punição.”


Nem todos serão recebidos pelos parentes e amigos, porque não fizeram por merecer, não estão na mesma sintonia, porque esse reencontro depende da elevação espiritual e dos laços de afeto.


A resposta da questão 290 de O Livro dos Espíritos esclarece em relação ao encontro de parentes e amigos depois da morte: “Depende isso da elevação deles e do caminho que seguem, procurando progredir. Se um está mais adiantado e caminha mais depressa do que o outro, não podem os dois conservar-se juntos. Ver-se-ão de tempos a tempos, mas não estarão reunidos para sempre, senão quando puderem caminhar lado a lado, ou quando se houverem igualado na perfeição. Acresce que a privação de ver os parentes e amigos é, às vezes, uma punição.”


As desencarnações são diferentes, nossos entes podem se encontrar conosco se estivermos na mesma sintonia e irão esperar felizes por nós como um retorno de uma viagem. Esse reencontro será consequência do nosso proceder. O nosso retorno a Pátria Espiritual é a oportunidade de caminharmos lado a lado com nossos semelhantes, entes queridos e amigos.


A morte não dá início a uma nova realidade que nada tem a ver com o que vivemos na Terra, quando a morte do corpo nada mais faz do que dar continuidade a vida que é sempre a mesma, não existe divisão de vida no corpo e de vida após a morte.


Recolhemos da vida que é sempre única, a semeadura realizada livremente no plano material. A vida não acaba como muitos pensam e vamos colher o resultado dessa semeadura.


Quando estamos na Terra, vivemos uma constante escolha entre o bem e o mal. Ao retornarmos para o lado espiritual da existência, iniciamos a colheita do que semeamos no mundo dos homens.


Precisamos aprender a perdoar para termos o direito de voltar ao local onde erramos e repararmos nossos erros. Ressarcir a quem devemos devolver o que dos outros retirarmos em termos de sentimentos e do mal praticado.


A prioridade do espírito é a conquista dos valores morais da existência, a evolução necessita desse vai e vem no corpo físico. A vida espiritual é igual a nossa vida terrena: estudo, trabalho, convivências, desafios, relações e conexão com nossos pensamentos e atos fazendo que as nossas ligações sejam com nossos semelhantes, com os espíritos que vibram na mesma sintonia.


Segundo O Evangelho Segundo o Espiritismo: “No espaço, os Espíritos formam grupos unidos pela afeição, simpatia e pela semelhança das inclinações, buscando trabalharem juntos pelo seu mutuo adiantamento. Se uns encarnam e outros não, nem por isso deixam de estar unidos pelos pensamentos. Os mais adiantados se esforçam por fazer que os retardatários progridam. Após cada existência, deram mais um passo no caminho da perfeição. Somente as afeições espirituais são duráveis; as de natureza carnal se extinguem com a causa que lhes deu origem. Quando às pessoas que se unem exclusivamente por motivo de interesse, essas realmente nada são umas para as outras: a morte as separa na Terra e no céu.”


Geralmente aqueles que mais amamos e temos laços de afeto estarão do nosso lado quando desencarnamos.

Vamos caminhando com muitas energias positivas procurando vigiar nossos pensamentos e atos e estar em sintonia com o bem e a luz.


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