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Transmigração Progressiva – Reencarnação, Evolução e a Pluralidade dos Mundos


Isabelle Oliveira

Publicação original: 15/11/2021. Última atualização: 26/08/2022.


A reencarnação e a pluralidade dos mundos também fazem parte das bases de estudo do Espiritismo, o que traz muitos questionamentos e termos para definir melhor cada coisa. A transmigração progressiva é um desses termos, que é utilizado para explicar a evolução dos espíritos através da reencarnação com a pluralidade das existências nos diversos mundos. Sendo apenas dessa forma que o espírito pode chegar a perfeição.


Quando se fala em Espiritismo, comumente se liga a reencarnação, as diversas existências que se pode ter na Terra, de como o espírito evolui entre uma reencarnação e outra, de certo. Mas isso só ocorre aqui na Terra? Se há muitas moradas na casa do Pai, a Terra seria apenas mais uma?


O codificador da doutrina dos espíritos, Allan Kardec, elencou diversas dessas questões em O Livro dos Espíritos, trazendo informações importantes sobre esses processos, bem como a chamada transmigração progressiva.


Transmigração é o ato de transmigrar, que vem a ser a ação de passar de um lugar para o outro e, se tratando de alma – falando aqui do espírito reencarnado – acredita-se passar de um corpo para o outro. Contudo, vale a pena salientar que há uma grande diferença entre transmigração, que vem da metempsicose de Pitágoras, e do termo reencarnação. Enquanto a primeira se ocupa da crença que o mesmo espírito pode ocupar um novo corpo após a morte, podendo ser de animais, plantas e humanos.


A segunda se ocupa da crença que o espírito pode, após a morte, renascer em um novo corpo, sendo apenas de seres humanos.


A transmigração progressiva é um termo utilizado para explicar a evolução do espírito por meio da reencarnação na pluralidade das existências nos diversos mundos habitados. Mundos esses, que também evoluem e tem sua escala evolutiva, que são cinco: Mundos Primitivos – onde há as primeiras encarnações; Mundos de Provas e Expiações – o qual o mal prevalece; Mundo de Regeneração – aquele que o mal ainda existe, porém não predomina. Ainda há expiações; Mundos Felizes ou Ditosos – o bem supera o mal. A felicidade predomina; Mundos Puros ou Celestes – morada dos espíritos puros, reina o bem e o conhecimento da verdade.


A Terra é um Planeta de Provas e Expiações, sendo mais evoluída que Marte e menos evoluída que Júpiter, que aliás, é o planeta mais evoluído deste sistema solar. Já no Sol, não há reencarnações por não ser habitado, mas os espíritos superiores o utilizam para fazer reuniões, emanam seus pensamentos para os outros mundos, via espíritos de menor grau evolutivo, através do fluido universal¹*.


Os espíritos reencarnam nos mundos que são compatíveis com seu grau evolutivo, podendo transmigrar de um mundo para outro de forma que venha a ser conveniente com seu processo evolutivo. Um espírito pode reencarnar em um mundo inferior à sua evolução, no intuito de ajudar aquele planeta, o que faz de bom grado. No entanto, não pode reencarnar em um planeta de superior evolução a sua, tendo em vista que não se pode pular etapas na evolução do ser. Por mais que um espírito seja perfeito em um Mundo de Provas e Expiações, jamais ele poderá pular para um Mundo Ditoso.


O espírito nasce simples e ignorante, tal qual uma criança aqui na Terra. Sendo assim, conforme ele vai adquirindo inteligência e moralidade, vai chegando a maturidade. Mas precisa passar pela infância, adolescência e vida adulta para poder atingir a primazia. Tudo isso passando por quantas reencarnações forem necessárias.


A reencarnação na pluralidade das existências nos diversos globos, é o único meio do espírito atingir a perfeição, do contrário ele estacionaria. Por esse motivo não é possível se manter na erraticidade – viver apenas no plano espiritual. O corpo físico é o instrumento que o espírito se utiliza para tal finalidade, experimentando formas e vivencias a lhes auxiliar na própria evolução.


REFERÊNCIA


KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, tradução de Guillon Ribeiro. Rio de Janeiro: FEB, 2009.


¹* Informação contida em O Livro dos Espíritos, Capítulo IV "Da Pluralidade das Existências", em nota de rodapé à questão 188.

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