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Um Espírito de Bem



Todos temos dívidas a cumprir e um caminho de evolução a trilhar nessa vida (leia-se encarnação). Todos temos dificuldades, medos e problemas para tratar, assim como, somos frutos de incontáveis existências, onde delas, carregamos qualidades que podem servir de amparo e ajuda para nós mesmos e para nossos irmãos em evolução.

Muitos de nós, tantas e tantas vezes programamos missões antes de retornar em uma nova oportunidade aqui no orbe terrestre e ainda assim, continuamos falhando e adentrando ao mundo e suas falsas promessas de caminhos a seguir para construir uma vida próspera e feliz.

Enganados pela ilusão de conceitos sobre o certo e errado da sociedade em que vivemos, muitas vezes não conseguimos achar um caminho para trilhar, perdidos em meio a tantas brigas entre religiões, entre defensores de padrões imorais e toda essa confusão que vivemos na atualidade. Em momentos confusos, onde não sabemos o que pensar e como agir, devemos antes de mais nada, pensar em nosso mestre Jesus e toda a sua bondade em um dos seus maiores ensinamentos que sempre será valido o reforço: “Amai ao próximo como a si mesmo”.

Em síntese, a soma dessas palavras carrega uma enorme bagagem de estudo que podemos fazer dentro de nossas atitudes para absorver o simples, belo e real sentimento de Jesus por todos nós, o amor. Essa reflexão pode nos dar um bom amparo e um caminho para seguir, porém, apesar de belo, este é um ensinamento difícil de se levar na prática, pois ainda não possuímos toda a brandura e evolução do nosso Mestre que tanto zela por nós. Em meio ao nosso mundo e nossas lutas diárias, nos confrontamos muitas vezes com nossos inimigos do passado que deixam esse amor ainda mais distante de ser praticado. O que fazer então, quando as circunstâncias nos distanciam dessa meta, conseguir evoluir?

No Livro dos Espíritos questão 919, Allan Kardec pergunta aos nossos irmãos que o guiaram na codificação do espiritismo: “Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e resistir a atração do mal? ‘Um sábio da antiguidade vo-lo disse, conhece-te a ti mesmo’.”

Se temos o real desejo de evolução, precisamos conhecer quais exatamente são nossas falhas para conseguir ter um objetivo real de mudança. Para conseguir prosseguir em nossa caminhada e nossa missão, necessitamos examinar nossos pensamentos, passos e atitudes para com o próximo. Tendo em mento o “amai ao próximo” e ajustando isso com as pendências que planejamos ajustar nessa caminhada, precisamos abrir mão do nosso estado de conforto e estagnação para dar lugar a luta da reforma íntima. A evolução requer passos em direção ao bem, o que infelizmente, vai ao contrário dos padrões egoístas que nos encontramos.

Ainda no Livro dos Espíritos, na questão 918, podemos trer uma noção sobre como saber se estamos no caminho certo do progresso, quando Kardec indaga “Por que indícios se pode reconhecer em um homem o progresso real que lhe elevará o Espírito na hierarquia espírita?” onde obtém como resposta “O espírito prova a sua elevação, quando todos os atos de sua vida corporal representam a prática da lei de Deus e quando antecipadamente compreende a vida espiritual.”

É válido também, ressaltar o comentário de Allan Kardec sobre essa questão:

Verdadeiramente, homem de bem é o que pratica a lei de justiça, amor e caridade, na sua maior pureza. Se interrogar a própria consciência sobre os atos que praticou, perguntará se não transgrediu essa lei, se não fez o mal, se fez todo o bem que podia, se ninguém tem motivos para dele se queixar, enfim se fez aos outros o que desejara que lhe fizessem.

Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem contar com qualquer retribuição, e sacrifica seus interesses à justiça. É bondoso, humanitário e benevolente para com todos, porque vê irmãos em todos os homens, sem distinção de raças, nem de crenças. Se Deus lhe outorgou o poder e a riqueza, considera essas coisas como UM DEPÓSITO, de que lhe cumpre usar para o bem. Delas não se envaidece, por saber que Deus, que lhas deu, também lhas pode retirar.

Se sob a sua dependência a ordem social colocou outros homens, trata-os com bondade e complacência, porque são seus iguais perante Deus. Usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com seu orgulho. É indulgente para com as fraquezas alheias, porque sabe que também precisa da indulgência dos outros e se lembra destas palavras do Cristo: Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado.

Não é vingativo. A exemplo de Jesus, perdoa as ofensas, para só se lembrar dos benefícios, pois não ignora que, como houver perdoado, assim perdoado lhe será. Respeita, enfim, em seus semelhantes, todos os direitos que as leis da Natureza lhes concedem, como quer que os mesmos direitos lhe sejam respeitados.

Mesmo sendo algo que pode estar fora de nossa realidade atual, estamos aqui para tentar. O que precisamos é rever nossas prioridades e compreender que hoje, muitos se esforçam para adquirir mais e ser melhor apenas materialmente, esquecendo que da vida, levamos apenas o bem que fazemos e a evolução que alcançarmos.

Eu gostaria de terminar este artigo com uma reflexão. Entre suas conquistas terrenas e sua bagagem de falhas, o que você está disposto a abdicar para se tornar um espirito de bem?

Fique com Deus e pense nisso!

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