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A Prova da Paciência


Milena Araújo

A vida do homem moderno tem exigido cada vez mais a rapidez de raciocínio para as decisões assertivas, em tempos cada vez mais reduzidos. Provas disso são os carros e aviões cada vez mais velozes, a internet com tempo de resposta em segundos, os alimentos instantâneos vendidos já cortados, já cozidos, já preparados _ e porque não lembrar do fast-food?! Enfim, convive-se com elementos e produtos de alta praticidade e comodidade para hoje em dia.


Sabe-se que toda a forma de progresso faz parte da evolução humana, seja como campo material, seja no campo espiritual. Como virtude, o indivíduo busca alcançar a paciência tem pela frente uma árdua tarefa de conquistá-la. A paciência é uma prova para muitos encarnados, pois eis que retornam à esfera terrestre com iluminados compromissos de aprimorarem-se.


No texto Provas da Existência, de autoria do Irmão X, a personagem Leonarda está preste a reencarnar e necessita conquistar a tão desejada virtude, que em tempos anteriores recusou-se em adquirir. A escassez dessa paciência representou atraso em sua jornada evolutiva, “(...) provocando enorme desarmonia no admirável conjunto de suas qualidades pessoais.”


Presente em muitos textos doutrinários, a paciência é explicada como sendo a nobre virtude conquistada pelo espírito que trabalhou, compreendeu e absorveu em si o seu significado. Emmanuel, na questão 253 do livro O Consolador, esclarece que “(...) a virtude é sempre sublime e imorredoura aquisição do espírito nas estradas da vida, incorporada eternamente aos seus valores, conquistados pelo trabalho no esforço próprio.”


Completando o raciocínio sobre a virtude e a paciência, na questão 254 do mesmo livro, Emmanuel diz “(...) A verdadeira paciência é sempre uma exteriorização da alma que realizou muito amor em si mesma, para dá-lo a outrem, na exemplificação (...) É com a iluminação espiritual do nosso íntimo que adquirimos esses valores sagrados da tolerância esclarecida. E, para que nos edifiquemos nessa claridade divina, faz-se mister educar a vontade, curando enfermidades psíquicas seculares que nos acompanham através das vidas sucessivas (...) Para levarmos a efeito uma edificação tão sublime, necessitamos começar pela disciplina de nós mesmos e pela continência dos nossos impulsos, (...).”


Disse Jesus: “É na vossa paciência que ganhareis as vossas almas” _ Lucas 21:19. Na interpretação desta passagem bíblica contida no livro Palavras de Vida Eterna, Emmanuel orienta que “Todos necessitamos de paciência uns com os outros (...) Paciência! É serenidade; calma, porém, não é aprovação ao desequilíbrio. É compreensão; entendimento, no entanto, não é passaporte ao abuso. É harmonização; ajuste, todavia, não é apoio à delinquência. É tolerância; brandura, entretanto, não é coonestação com o erro deliberado. Paciência, sobretudo, é a capacidade de verificar a dificuldade ou o desacerto nas engrenagens do cotidiano, buscando a solução do problema ou a transposição do obstáculo, sem toques de alarde e sem farpas de irritação. Em todos os aspectos da paciência, recordamos Jesus.”


Portanto está o ser humano usando da paciência para os desafios do dia a dia? Mesmo diante da obrigação de respostas rápidas para as urgências materiais e emocionais? A mansidão diante do obstáculo é propriedade alto valor. Quem é paciente se poupa de muitas intempéries na jornada. Sabe aguardar porque sabe que virá. Tem confiança no que está por vir. É uma grandeza que pode motivar quem tem sede; ou encolerizar o intempestivo.


Retornando ao caso de Leonarda, personagem do Irmão X, que havia assumido graves compromissos reencarnatórios, chances não lhe faltaram de alcançar purificadora virtude.


Olvidando do santo remédio que a caridade proporcionou, ao regressar à vida espiritual, Leonarda recebeu de sua bondosa interlocutora:


“_Você falhou nas provas de paciência que o aprendizado humano lhe ofereceu, mas não desespere de novo... Haverá recurso para recomeçar.”


Referência Bibliográfica


IRMÃO X (Espírito). Pontos e Contos [psicografado por] F.C.Xavier – Disponível em: http://www.bvespirita.com.br. Acesso em: 12 mai.2019.


EMMANUEL (Espírito). O Consolador [psicografado por] F.C.Xavier – 29ªed. 4. Imp. – Brasília: FEB, 2016. 170, 171 p.


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