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O Espiritismo e os milagres de Jesus: explicações espirituais e científicas

Francislene Magda da Silva


“Milagre”, palavra que nos remete à ideia de maravilhoso, inexplicável e sobrenatural. “Jesus”, o Espírito mais Evoluído que esteve entre nós, o Cristo. 

 

No seu ministério, o Divino Mestre Jesus realizou diversos fenômenos que foram denominados “milagres” devido o reduzido conhecimento sobre a ciência e o Espírito àquela época.

 

Nestes fenômenos, ocorria o entrelaçamento de fatores espirituais e científicos. Podemos encontrar uma explicação sobre os fenômenos em O Evangelho Segundo o Espiritismo:

 

O poder da fé se demonstra, de modo direito e especial, na ação magnética; por seu intermédio, o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível. Daí decorre que aquele que a um grande pode fluídico normal junta a ardente fé, pode, só pela força da sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares fenômenos de cura e outros, tidos antigamente por prodígios, mas que não passam de efeito de uma lei natural (KARDEC, 2023, p. 233).

 

Ao reconhecerem-no como Messias, as pessoas dirigiam-se a Ele em busca de socorro e alívio para as mazelas que viviam.

 

Devido sua superioridade moral, Jesus realizou numerosas curas: moléstias físicas, por exemplo, a restituição da saúde e de capacidades que haviam sido perdidas, como no caso do cego de Betsaida e também cura de perturbações espirituais, afastando maus Espíritos que acompanhavam um homem que se encontrava na sinagoga, entre outras.   

 

Com a capacidade de perceber o cenário psíquico e espiritual da criatura humana em desalinho, empregando o seu magnetismo o Mestre promovia a harmonização onde antes havia acentuada desordem, “Conhecendo o insondável do ser humano Jesus compadeceu-se (...)” (FRANCO, 2000, p. 167).  

 

Paralelamente a esta ação curativa Jesus costumava convocar o Ser Imortal a ajustar o próprio comportamento, a fim de sustentar a cura alcançada, “(...) não cessava de recomendar que se operasse nos enfermos desejosos de saúde a renovação interior, a conduta mental e moral, a fim de que no cerne de si mesmo se concretizasse o bem-estar (...)” (FRANCO, 2000, p. 220).

 

Neste contexto a fé se fortalecia, ao receber o fluxo deste amor, a conduta equivocada de muitas pessoas passava por transformações profundas e o número de seguidores do Mestre aumentava naturalmente.

Com amor, Jesus expressava-se de modo diversificado, utilizava-se da palavra ora mais firme, ora mais branda. Muitas vezes apenas sua presença bastava para sensibilizar e motivar a renovação dos homens. Por vezes tocava e em outros momentos sendo tocado, promovia a cura, além de curar a distância. 

 

Em alguns momentos ordenava e em outros orientava. Uma de suas orientações refere-se à importância da oração:

 

Porque nem sempre as criaturas soubessem como manter a vinculação com as Fontes da Vida, sugeriu a oração, que se constitui numa ponte vibratória de fácil construção por todo aquele que deseja realmente a vitória sobre os sofrimentos e anelem pelo bem-estar pleno (FRANCO, 2000, p. 220).

 

Com o advento do Consolador Prometido por Jesus, a Doutrina dos Espíritos, chega-se à compreensão sobre as Leis Naturais que regem o Universo e a atuação do pensamento e da vontade sobre o fluido universal; o que anteriormente era interpretado como sobrenatural pode então ser entendido como o resultado de uma interação de fatores, o que por sua vez favorece o desenvolvimento da fé raciocinada em contraponto à fé cega.

 

A superioridade moral de Jesus e a vontade direcionada ao bem, atuando sobre o fluido universal e sobre o enfermo; a fé, a disponibilidade interna para a mudança, as condições físicas e psíquicas daquele que busca pela cura e o contexto espiritual e evolutivo deste doente, são alguns dos fatores que se entrelaçaram nos “milagres de Jesus”.      

 

A fé raciocinada confere ao homem lucidez, fortalecimento espiritual, esperança, resignação ativa, e principalmente a autorresponsabilização na busca de sua saúde integral. Neste contexto a humildade é essencial, para que se estabeleça a sintonia com as Esferas Superiores, encontrando aí os Recursos Divinos, ocorrendo desta forma a vivência do ensinamento “ajudem-se que o céu os ajudará” (KARDEC, 2023, p. 275).

 

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Referências

1. KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. Campos dos Goytacazes/RJ: Editora Letra Espírita. 2023.

2. FRANCO, Divaldo, Jesus e o Evangelho - À luz da psicologia profunda. Pelo Espírito Joanna de Angelis. 1ª. ed. Salvador. LEAL. 2000.


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