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Quando Sofrer se Torna Caminho de Aprendizado

Atualizado: há 30 minutos

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Janaína Magalhães

 

Nunca em toda a história da Humanidade, os índices de suicídio foram tão expressivos como agora. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morrem por ano devido ao suicídio, o que representa uma a cada 100 mortes registradas. Os casos estão aumentando inclusive entre crianças e adolescentes o que torna a ocorrência ainda mais alarmante.

 

Nessa busca desenfreada por preencher o vazio existencial, o ser humano procura em prazeres fugazes como o sexo, a drogadição, o trabalho excessivo, a autoafirmação nas mídias a solução para o enfrentamento dessa dor.

 

“Na atualidade, não obstante o sexo constitua um paradigma de comportamento essencial, a sua satisfação aligeirada continua destituída de significado profundo, que permita o equilíbrio das emoções e a segurança afetiva. A troca insensata de parceiros, na busca da variedade, em vez de satisfazer, mais frustra, demonstrando que o intercurso sexual é mais um modismo da sociedade moderna, que se considera liberta dos tabus do passado, do que realmente uma forma de expressar os sentimentos e trabalhar a ansiedade”. (FRANCO, 2014, p. 109)

 

Vemos, principalmente em jovens, a falta de sentido de vida e a tentativa de busca de significado nas mídias digitais, em jogos viciantes e mesmo em drogas cada vez mais potentes e prejudiciais causando uma satisfação momentânea, que se desfaz perante a rápida ilusão dos sentidos, pedindo sempre mais.

 

“Em tentativas inúteis de preencher esse vazio, elaboram-se as festas alucinantes, volumosas, arrastando as multidões desassisadas e ansiosas, que se esfalfam no prazer anestesiante, para depois despertar no mesmo estado de vácuo interno, agora com os conflitos e culpas das loucuras perpetradas”. (FRANCO, 2014, p. 111)

 

Diante disso, o ser ainda com conflitos internos e preso a valores deteriorados, prefere se agarrar a fugas psicológicas do que lutar contra as dificuldades que surgem “permitindo-se uma resignação indiferente, como mecanismo de autodefesa, que se transforma num grande vácuo interno”. (FRANCO, 2014, p. 111)

 

Allan Kardec em O Livro dos Espíritos, na questão 909 nos traz a pergunta sobre como o homem poderia vencer suas más inclinações apenas com seus esforços e a resposta nos diz que é possível e, “frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! Quão poucos dentre vós fazem esforços” (KARDEC, 2022, p. 325).

 

Daí a importância da vontade e do entendimento de que nenhuma dor é em vão, pois se ela aparece é para que possamos aprender algo. A Doutrina Espírita, com o entendimento da reencarnação e da Lei de Causa e Efeito vem nos trazer o consolo e o auxílio para que possamos bem sofrer. Se o fizermos, com resignação e humildade conforme Jesus nos ensinou, e preenchermos esse vazio existencial com amor a nós mesmos e ao próximo seremos vencedores.


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A pessoa vazia, aquela que perdeu a identidade e deixou de seguir na busca dos objetivos que constituem as motivações seguras para existir e realizar atividades existenciais, passa por um tormentoso processo de desgaste emocional.

A perda do Si, no entanto, pode ser resolvida mediante a mudança de atitude racional e emocional para com a oportunidade existencial.

Eis por que a fé religiosa, o sentimento de humanidade, o respeito social, a vinculação idealista a qualquer expressão dignificadora do ser humano, tornam-se referências que se convertem em estímulos para não se perder o significado psicológico interior”. (FRANCO, 2014, p. 114)

 

Levando em consideração que a existência física é apenas um capítulo diante da eternidade da Vida Espiritual faz com que o Espírito acesse sua consciência que é onde estão inseridas as Leis Divinas e descubra seu potencial, suas dificuldades e qualidades, se autoconhecendo e buscando se melhorar a cada dia diante das novas experiências.

 

Por meio da meditação, da prece, do grupo de estudos, da sintonia espiritual elevada, o Espírito vai se comunicando com as Entidades Benfeitoras que o assistem e o inspiram com conselhos e o auxiliam nas tomadas de decisões importantes. Quando em sintonia elevada podemos captar o que vem do Alto com mais frequência e assim temos menos chance de errarmos por estamos vinculados ao bem.

 

Outras dificuldades enfrentadas na atualidade e que precisam ser observadas e cuidadas são o aparecimento de transtornos e doenças mentais como a depressão, as fobias e diversas outras. Para isso, necessário se faz o atendimento psicoterápico e psiquiátrico de acordo com a necessidade para que o indivíduo encontre recursos que o auxiliem a sair deste quadro. Juntamente a isso, e por saber das vinculações espirituais que se estabelecem pela lei de atração entre encarnados e desencarnados, faz-se importante, também, o tratamento espiritual nas Casas Espíritas, que por meio da conversa fraterna, passes e fluidoterapia podem ser de grande valia para o processo de cura do ser.

 

Convém salientar que, diante de todo o exposto, o indivíduo que se encontra fragilizado e se depara com uma doença de cunho emocional precisa pedir ajuda e, não deve considerar isso motivo de vergonha ou fraqueza, pois, quando falamos para alguém dos nossos problemas, é a nós mesmos que o fazemos e por meio do outro encontramos a solução que buscamos dentro de nós.

 

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Referências:

 

FRANCO, Divaldo. Conflitos Existenciais, ditado pelo Espírito de Joanna de Ângelis. Salvador: LEAL, 2014.

 

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, tradução de Guillon Ribeiro. Campos dos Goytacazes/RJ: Editora Letra Espírita. 2022.


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