O PODER DA ESCOLHA
Milena Madeira
Se há algo do qual podemos afirmar que fazemos o tempo todo em nossas vidas, são as escolhas!
Escolhas essas que veem moldando os caminhos da Humanidade, desenhando a trajetória dos homens. Possuirmos uma propriedade divina que nos diferencia das demais criaturas do orbe, que é o poder de decidir pela razão_ “A razão permite ao homem escolher, dando-lhe o livre-arbítrio.”[1]
Portanto, as escolhas que fazemos são frutos desse livre arbítrio. Muitas delas acontecem depois de muito refletirmos, outras se darão sem muito pensar, de forma imediatista dadas às emoções do momento.
Nas decisões, o homem encontra nas experiencias adquiridas do ontem e do hoje, o que mais se adequará às situações que enfrentará, para escolher o que melhor lhe convir.
"Ora, aquele que delibera sobre uma coisa é sempre livre de fazê-la ou não.”[2]. Pois que somos livres para agirmos como bem quisermos, pois “se tem a liberdade de pensar, tem a de agir (...)”[3] e consequentemente, somos responsáveis pelo bem ou mal que plantarmos. Escolhas acertadas ou equivocadas refletem o grau de consonância que as criaturas têm quanto à Lei de Amor. Elas são os resultados do que cada indivíduo compreendeu e absorveu dessa Lei, e pelos atos praticados, os tesouros morais se revelam.
E essa liberdade de escolhas tem fomentado os resultados do que assistimos hoje em dia.
Influenciamos os ambientes e as pessoas. Os nossos exemplos dizem muito do que guardamos no coração. As nossas escolhas dizem muito sobre os valores morais que possuímos.
“Deus deixa ao homem a escolha do caminho”[4], porque se fossemos destituídos do livre arbítrio não conheceríamos os méritos do Bem praticado e muito menos nos sentiríamos responsáveis pelo mal feito. Portanto, as nossas escolhas guardam em si, um grande potencial transformador.
Quando estamos em dúvida sobre o que decidir, e nos questionamos sobre qual será a melhor escolha? qual será seu impacto sobre as coisas e sobre as pessoas? Jesus, em sua humilde passagem pela Terra, nos deixou o recurso da prece como divina Luz de interlocução da criatura ao Criador. Por nossa vontade podemos rogar a Deus, o auxílio dos bons Espíritos nas horas decisivas. Por essa razão, devemos confiar na instrução dos Espíritos de que “Deus lhe envia os bons Espíritos para assisti-lo. É um socorro jamais recusado quando é pedido com sinceridade.”[5]
Consideremos, que “A prece é agradável a Deus quando for proferida com fé, fervor e sinceridade, mas não acredite que Deus seja tocado pela prece do homem vão, orgulhoso e egoísta, a menos que represente um ato sincero de arrependimento e de verdadeira humildade.”[6] Portanto, nenhuma má intenção, encontrará em Deus o auxílio que necessita.
Já dissemos, as nossas escolhas têm um grande poder transformador, que podem significar mudanças tanto de foro íntimo como podem refletir favorável ou danosamente numa coletividade, transformando, sem dúvidas, a realidade.
Residem aí, os nossos esforços para aprendermos e vivermos o Cristo em nós. Somos convidados a uma vida de Luz e, devido as nossas boas aquisições morais, teremos em mãos os recursos indispensáveis para o progresso e desenvolvimento individuais.
Para cada escolha e ato praticado, uma responsabilidade adquirida.
Nada escapa aos olhos do Criador.
Portanto, busquemos a Verdade para nos libertarmos de tudo aquilo que nos afastam do Pai. Livres do nosso personalismo e modos egoístas, estaremos a cada dia mais próximos das sábias escolhas.
[1] KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução Sandra Keppler. 6. ed. São Paulo: Mundo Maior Editora, 2012. Questão 75, p.98. [2] ____________. Questão 861, p.383. [3] ____________. Questão 843, p.378. [4] ____________. Questão 634, p.306. [5] KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução Sandra Keppler. 6. ed. São Paulo: Mundo Maior Editora, 2012. Questão 314, p.660. [6] ____________. Questão 658, p.313. ====
Clique aqui
