Sexo e Espiritismo - Sexo Desenfreado

Fernanda Machado
Prezados irmãos, o sexo livre e inconsequente caracteriza o esquecimento dos sentimentos espirituais e o fortalecimento dos instintos carnais. Neste artigo, discutiremos a respeito desse tema tão polêmico e que cada vez mais toma conta da sociedade.
No início da evolução humana, o instinto sexual levava o homem a se saciar apenas o suficiente para atender sua exigência orgânica. Havia também um sentimento de responsabilidade em perpetuar a espécie, aliado à percepção de necessidade mútua uns dos outros.
Ao longo do tempo, o desenvolvimento da vida em sociedade acarretou no aprendizado intelectual e moral, que infelizmente não foi acompanhado pela ética. A consequência foi o nascimento do comportamento sexual desregrado.
O livre arbítrio pode ser usado tanto para a sublimação sexual quanto para os desvios sexuais, cabe a nós saber usufruir corretamente, com responsabilidade. Atualmente, há falta de entendimento em relação ao tema sexo, e nossa cultura, a mídia e a arte colaboram para isso. O que antes era tabu, agora se fala abertamente, porém de forma equivocada: é considerado normal o ato sexual sem sentimento, sem amor. Existem aplicativos nos celulares que facilitam o encontro de um parceiro para o sexo sem compromisso. As festas, baladas e barzinhos também estão lotados de indivíduos com essa intenção.
Devemos lembrar que estamos sujeitos à Lei de Causa e Efeito, o que significa que tudo o que dermos, também receberemos. Na promiscuidade, o que estamos oferecendo ao parceiro? Apenas interesse sensual, material, supérfluo e inconsequente. Ora, sendo assim, não poderemos nos lamentar quando também formos tratamos como objeto por outrem.

O espiritismo nos ensina que existe troca de energia fluídica durante o ato sexual. Quando existe sentimento de amor, de respeito mútuo entre o casal, essa energia é bem aproveitada. Quando, ao contrário, o casal não tem sintonia e está em desequilíbrio moral, totalmente entregue aos instintos, cada um agindo egoisticamente para seu prazer, os espíritos inferiores vampirizam a energia sexual trocada naquele momento. Quanto a isso, J. Herculano Pires nos orienta, em seu livro Mediunidade: “Trata-se realmente de um tipo de obsessão no campo das viciações sensoriais. A denominação de vampirismo decorre de sua principal característica, que é a sucção de energias vitais da vítima pelos obsessores. Ë uma modalidade grave de obsessão que pode reduzir o obsedado à inutilidade, afetando-lhe o cérebro e o sistema nervoso, tirando-lhe toda disposição para atividades sérias”.
Sabemos, portanto, que durante o sexo puramente sensual e material, espíritos viciados na luxúria utilizam a energia vital dos encarnados para sentirem também aquele prazer erótico, chegando mesmo a compartilhar do momento íntimo do casal. E, como em qualquer espécie de obsessão, os resultados são bastante negativos, sendo o pior deles o que conhecemos como loucura e que, conforme discutimos neste artigo, tem uma causa moral.
Assim sendo, queridos amigos, reconheçamos a sabedoria do apóstolo Paulo quando disse “tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”. Em matéria de sexo, é sensato que avaliemos toda situação, a fim de evitar sofrimentos futuros e reparo de faltas cometidas contra nós e contra nosso próximo. Quanto ainda temos que aprender para domar nossas paixões desenfreadas! Mas sigamos em frente, com a certeza da vitória no porvir!
Que Deus vos abençoe hoje, e sempre.
Amém!
REFERÊNCIAS:
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KARDEC, A. O evangelho segundo o espiritismo. FEB, Rio de Janeiro. Edição em formato digita
KARDEC, A. O Livro dos espíritos. FEB, Rio de Janeiro. Edição em formato digital.
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NEILMORIS, L. Sexualidade sob um olhar espírita. Distribuição em formato digital pelo portal Luz Espírita, 2011.
PIRES, J. H. Mediunidade. 5ªed, Edicel, São Paulo, 1984.
RANIERI, R. A. O Sexo além da morte, orientado pelo espírito André Luiz. 10ªed, Editora da Fraternidade, Guaratinguetá, 1991.
RUIZ, A. L. Esculpindo o próprio destino, pelo espírito Lucius. 1ª ed e-book, Ide Editora, Araras, 2011.
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XAVIER, F. C. No mundo maior, pelo espírito André Luiz. FEB, Rio de Janeiro.
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