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A Caridade Espírita é a Esmola?

Muitos acham que nós Espíritas fazemos apenas a caridade da esmola e que isso não caracteriza a autêntica vida cristã. Respeitamos o ponto de vista daqueles que pensam assim, mas acreditamos que estão enganados.

Caridade para nós é mais abrangente, vejamos a explicação: A caridade no nosso entendimento pode ser material e moral.


CARIDADE MATERIAL: é quando usamos dinheiro para comprar roupas ao nu, remédio ao enfermo, alimento ao faminto, etc.


CARIDADE MORAL: é quando usamos nosso tempo, nosso amor para sermos úteis em creches, hospitais, asilos, escolas, é uma boa palavra, um bom pensamento, um bom ato, um bom exemplo, um sorriso, uma prece para quem sofre, é perdoar, aceitar as imperfeições alheias, é usar a bondade com todos, etc.

Do ponto de vista espírita, pode haver: esmola sem caridade, esmola com caridade e caridade sem esmola. E qualquer uma deve ser feita sem preconceito de raça, religião, posição social, etc., assim como fez o bom samaritano da parábola.


A ESMOLA SEM CARIDADE: é quando damos a esmola para nos ver livre de quem nos pede; é quando damos pensando em receber algo em troca, como em época de eleição; enfim, é a doação arrancada contra nossa vontade. A esmola sem caridade é constrangedor para quem dá, e humilhante para quem recebe (apesar de ser útil muitas vezes). Do ponto de vista do beneficiário, a caridade pode ter efeitos desastrosos. Em muitos casos, ela desmotiva o mendigo a sair de sua situação. Quanto ao doente, ele nem sequer tenta se tratar, pois a cura significaria a perda dessa fonte de dinheiro.

Em todos os casos, a mendicância priva o homem de sua dignidade. Dispensando-o de prover as suas necessidades, ela o incita à passividade. Não é suficiente ficar sentado e estender a mão para ganhar a vida.


A ESMOLA COM CARIDADE: é quando doamos em silêncio; é não esperar nada em troca daquele que está recebendo; é quando não nos identificamos ao beneficiário; e se nos identificarmos, temos que doar com alegria, sem humilhar quem recebe; é dar o peixe, mas ensinando o beneficiário a pescar, para não viciar quem pede. É conveniente oferecer o primeiro peixe (sopa, cesta básica, roupa, etc.) e, depois, somente depois, ensinarmos os companheiros a pescar. Devemos evitar acomodação, da qual teremos que dar contas à própria consciência. Precisamos primar pelo trabalho da promoção humana, auxiliando o indivíduo a libertar-se da necessidade, por meio dos estudos necessários, por meio do esforço para buscar o próprio ganha-pão. ; enfim, a esmola será meritória aos olhos de Deus dependendo do grau de pureza do conteúdo caritativo.


A CARIDADE SEM ESMOLA: é quando cultivamos as virtudes cristãs, que são “filhas do amor”, como o perdão, a humildade, a indulgencia, a piedade, a solidariedade, é não abusar do próximo, não roubar, não adulterar, fazendo aos outros o que gostamos que os outros nos façam, etc.


Existe também a caridade para conosco. Quando descobrimos que estamos neste planeta para evoluir, começamos a ter caridade para com nosso corpo físico. Pois, somos apenas inquilinos dele. Daí, passamos a cuidar melhor da nossa saúde. Deixamos de tomar bebidas alcoólicas, drogas ilícitas, exagero alimentar, sexo desregrado, etc. Afinal, como podemos dizer que amamos Deus se não respeitamos sua criação: uma delas somos NÓS.


Então, para nós espíritas, não é tão simples praticar Caridade, mas é fundamental. E se essa caridade não é viver o autêntico cristianismo, aguardaremos uma explicação melhor. Por isso, a bandeira do Espiritismo é: "Fora da caridade não há salvação."


"Muitas religiões se contentam com uma prece semanal, atos religiosos quinzenais, mas no Espiritismo somos "alfinetados", e ninguém escapa desde que estejamos dentro dessa "empresa", que é o Espiritismo, trabalhando . . . Não apenas glorificando o nome do Senhor, mas trabalhando muito para que a nossa fé seja realmente uma fé ativa e criativa, ao mesmo tempo." - Chico Xavier


Observação de "O Livro dos Espíritos" questão 886:

O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, porque amar ao próximo é fazer todo o bem que está ao nosso alcance e que gostaríamos que nos fosse feito. Esse é o sentido das palavras de Jesus: “Amai-vos uns aos outros como irmãos”. A caridade, para Jesus, não se limita à esmola. Ela abrange todas as relações com nossos semelhantes, sejam inferiores, iguais ou superiores. Ensina a indulgência, porque temos necessidade dela, e não nos permite humilhar os outros, ao contrário do que muitas vezes se faz. Se uma pessoa rica nos procura, temos por ela mil atenções, mil amabilidades; se é pobre, parece não haver necessidade de nos incomodar. Porém, quanto mais lastimável sua posição, mais se deve respeitar, sem nunca aumentar sua infelicidade pela humilhação.

O homem verdadeiramente bom procura elevar o inferior aos seus próprios olhos, diminuindo a distância entre ambos.




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