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Água fluidificada: o elixir espiritual do bem-estar

Alan Lira


Em uma pesquisa realizada por Costa et. al (2005, on-line), com o objetivo de analisar o índice de líquido amniótico em gestantes, foi observado que o seu volume máximo atingido pode chegar em média a 1.000 ml na 34ª semana de gestação. Os autores destacam a importância do líquido amniótico no: “crescimento, no desenvolvimento e nas funções fetais, permitindo o deslizamento das partes fetais entre si e entre o feto e as membranas, favorecendo o desenvolvimento dos sistemas locomotor e respiratório. Além disso, o líquido amniótico protege o feto contra traumas, pois ao equalizar as forças aplicadas ao conteúdo uterino funciona como um perfeito amortecedor natural” (COSTA et al, 2005, on-line).     

 

O Ministério da Saúde (2014, p. 85) aponta que, na infância, o peso de uma pessoa pode chegar a ser composto por 75% de água, e na fase adulta, a água pode representar mais de 50% do peso de um ser humano, salientando a importância da ingestão desse precioso líquido na manutenção da nossa saúde através da alimentação.

 

Impactando o meio ambiente e nossas vidas diretamente, a escassez da água acarreta transtornos na agricultura, pecuária, aumenta o risco de incêndios florestais, aumenta as migrações de residentes de áreas secas, bem como aumenta a pobreza das regiões afetadas.

 

Podemos observar que, desde a nossa composição corporal ao nosso nascimento, bem como na nossa subsistência, a presença da água é fator determinante para podermos existir.

 

No âmbito da Doutrina Espírita, mantemos uma estreita relação com a água no que diz respeito ao seu uso ao ser submetida ao processo de magnetização, ou fluidificação. Carvalho (2021, p. 61) salienta que a água, ao ser fluidificada: “contribui na manutenção da saúde, na prevenção de doenças, na cura de doenças psicossomáticas e facilitando a ação dos medicamentos, conquanto não possa parar ou regredir as enfermidades geradas por resgates, problemas crônicos ou degenerativos”.

 

A eficiência da ação da água fluidificada em nosso corpo material é aludida pelo Espírito André Luiz observando que “por intermédio da água fluidificada [...], precioso esforço de medicação pode ser levado a efeito. Há lesões e deficiências no veículo espiritual a se estamparem no corpo físico que somente a intervenção magnética consegue aliviar, até que os interessados se disponham à própria cura” (2020, p. 106).

 

A fluidificação, ou magnetização da água é possível através da ação de Espíritos desencarnados, os quais, segundo Allan Kardec aponta nos itens 129 a 131 do 8º capítulo de Os Livros dos Médiuns, atuam ao retirar da matéria cósmica universal, sob a vontade e a permissão de Deus, os elementos necessários para mudar as propriedades da água, podendo torná-la salutar por meio de uma simples modificação, a qual ainda não estamos aptos a compreendê-la. Esse processo no qual o Espírito desencarnado atua diretamente, e sem intermediários, é classificado como fluidificação espiritual.

 

Médiuns magnetizadores encarnados também podem atuar na modificação da matéria, mesmo de maneira limitada, desde que haja vontade de fazê-lo, considerando que a vontade, segundo Kardec (2023, p. 121): “não é um ser, uma substância qualquer; não é sequer uma propriedade da matéria mais etérea que exista. A vontade é atributo essencial do Espírito, isto é, do ser pensante. Com o auxílio dessa alavanca, ele atua sobre a matéria elementar e, por uma ação consecutiva, reage sobre seus compostos, cujas propriedades íntimas vêm assim a ficar transformadas”.

 

Essa forma de fluidificação é classificada como fluidificação magnética, onde há a imposição das mãos de um Espírito encarnado sobre o recipiente com água e nela são depositados fluidos medicamentosos.

 

Quando há uma ação conjunta entre os Espíritos encarnados e desencarnados na ação de fluidificação da água, onde se misturam os fluídos trazidos pelos Espíritos desencarnados com o indivíduo encarnado, classificamos como fluidificação mista.

 

Sem a intenção de sugerir uma padronização da maneira que a água pode ser fluidificada, podemos elencar alguns procedimentos que podem ser realizados nesse processo.

 

Estando em uma Casa Espírita, a fluidificação da água pode se dar com a colocação da água potável em um recipiente limpo na câmara de passes ou em local indicado pela coordenação da Casa Espírita, sem que haja a necessidade de deixar o recipiente destampado, visto que a ação dos Espíritos não conhece barreiras físicas. Recomenda-se que, havendo diversos recipientes no mesmo local, etiquete-se com o nome das pessoas a serem beneficiadas.

 

É possível também realizar a fluidificação da água em sua própria residência. Compreendendo que “a água, como fluido criador, absorve, em cada lar, as características mentais de seus moradores” (ANDRÉ LUIZ, 2020, p. 62), esse momento pode se dar, preferencialmente, durante o Evangelho no Lar, em um momento de harmonia na residência, onde poderemos impor as mãos sobre o recipiente higienizado e com água também potável e, durante uma prece destinada a tal objetivo, solicitar auxílio dos Benfeitores desencarnados e das bênçãos de Jesus, a fim de que todos os moradores daquele lar, de maneira coletiva, possam ser beneficiados.

 

Sendo a água fluidificada um elemento empregado para o equilíbrio psicofísico, pode existir também a necessidade de atendimento pessoal, individual e exclusivo, de caráter particular, em que os recursos magnéticos empregados para a modificação salutar da água sejam direcionados intencionalmente para o tratamento que o doente precise receber.

 

Os recursos dispensados pela Espiritualidade no tratamento de enfermidades com o uso da água fluidificada relacionam-se com o merecimento individual de cada paciente. Da mesma forma que se emprega a fé no Divino para a própria cura dos males que nos permeiam, “a ação interior, mental, comportamental responde pela realidade psíquica do homem e opera a sua legítima recuperação” (FRANCO, 2020, p. 34), logo o processo de cura também depende da nossa reforma íntima, na qual a nossa transformação pessoal direcionada para a beatitude que nos aproxima de Deus nos modifique beneficamente.

 

Sem nos abstermos dos tratamentos clínicos tradicionais que são acompanhados pela Medicina humana, a água fluidificada é parceira em nossa recuperação. E mesmo que nos abalemos com nossas condições de saúde, lembremo-nos que “se você está doente e desalentado, peça a bênção do Senhor para o copo de água fria que lhe atenua a sede, porque da Fonte Divina fluem substâncias de paz e restauração para quantos pedem socorro ao sublime poder” (XAVIER, 2023, p.04).

 

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Referências

 

1 – André Luiz (Espírito). Nos domínios da mediunidade. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. 36ª ed.  Brasília: FEB, 2020.

2 – André Luiz (Espírito). Nosso lar. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. 64ª ed. Brasília: FEB, 2020.

3 – BRASIL. Ministério da Saúde. Guia alimentar para a população brasileira. Brasília, 2014.

 4 – CARVALHO, Evelyn Freire. O que é a casa espírita? (Coleção Conhecendo o Espiritismo). Campo dos Goytacazes: Letra Espírita, 2021.

5 – COSTA, Fabricio da Silva; et al.  Avaliação prospectiva do índice de líquido amniótico em gestações normais e complicadas. Scielo Brasil, 2005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rb/a/37pkdbJQQQQDLCtjZBrYPym/?lang=pt. Acesso em: 08/06/2025.

6 – Espíritos Diversos. Dicionário da alma. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. Brasília: FEB, 2023.

7 – KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução Guillon Ribeiro. 1ª ed. Campos dos Goytacazes, 2023.

8 – Manuel Philomeno de Miranda (Espírito). Loucura e obsessão. Psicografado por Divaldo Pereira Franco. 12ª ed. Brasília: FEB, 2020.

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