Honrar Pai e Mãe, segundo o Espiritismo
Fernanda Oliveira
O mundo espiritual, como o mundo físico, tem suas leis para o equilíbrio e a harmonia. Deus, inteligência suprema, é o criador do Universo infinito e criador de todas as coisas. Tudo está dentro da ordem infinita e orientado pela inteligência divina.
A lei de Deus está escrita na consciência humana, e é compreensível que a prática do bem não contraria as leis divinas.
Os mandamentos são princípios éticos morais transmitidos por Deus através de seu emissário Moisés, com o objetivo de manter o senso de moralidade e justiça necessários para aquele momento.
Dotado do livre arbítrio, ou seja, da liberdade de escolha, é o espírito o construtor de seu próprio destino. Deus espera que cada um faça a sua parte de acordo com as suas possibilidades.
O caminho do bem é o único caminho para a evolução. Quanto mais se pratica o bem, mais crédito se adquire. É só o melhoramento sério, efetivo, com comprometimento e sincero no bem que servirá de recurso para o encontro e a conexão com a sintonia divina.
Os familiares são os primeiros relacionamentos e experiências, e nosso lar o primeiro ambiente de convivência humana. No lar as experiências humanas são mais complexas. O organograma da família atual é composto por vários tipos e ramificações. O amor ao próximo deve ser exercitado dentro de lar, onde são desenvolvidos valores elevados de sentimento e da razão.
Honrar pai e mãe é agir em conformidade as leis de Deus, em uma atitude nobre de zelo e carinho. Não se deve considerar somente pai e mãe os responsáveis pelo nascimento de um ser, mas também as pessoas que fazem e fizeram esse papel em suas vidas. Seres que acolhem com todo amor e carinho para o desenvolvimento das aptidões do indivíduo. Tudo é planejado para que o convívio familiar seja uma experiência intensa, educativa e de muito aprendizado e amor. Normalmente, pais e filhos reencarnam com o propósito de ajustes, espíritos que precisam se perdoar e aprender a amar. A cada encarnação há um novo recomeço, um reencontro com aqueles que se tem algo a prender e ensinar.
Deve-se atentar para o que é positivo, e registrar as coisas simples e boas. Fazer contas de todas as dádivas já recebidas, o privilégio de ter um núcleo de afeto e acolhimento.
Entretanto, existem pais que não são capazes de cumprir com os seus deveres de genitores, e não tem o entendimento da preciosa e iluminada tarefa terrestre que recebem. Somente o tempo e através do livre arbítrio podem (se quiserem) modificar.
Ninguém está aqui para julgar os erros dos seus semelhantes. Deve-se promover o acolhimento, o respeito, tentar suprir as necessidades, proteger a integridade física e emocional, reconhecer a dignidade e não desejar o mal.
O amor é o agente transformador que está presente nos pequenos gestos diários. Não importa o tamanho do erro, o amor será sempre maior que o tamanho das falhas.
A reencarnação serve para a retomada dos relacionamentos baseados na compreensão, no perdão e na gentileza. Cuidar dos pais é uma chance valiosa de exercitar a dedicação, a solidariedade, o carinho, a empatia, o desprendimento, a retribuição e a fraternidade. Os filhos crescem e aprendem quando preservam e promovem o bem estar dos pais. O que cada um faz muda todo o entorno e serve de exemplo.
Amar como a si próprio, ajudando no envelhecimento de pai e da mãe com mais saúde e dignidade.
Agradecer a pratica do evangelho sendo mais paciente e caridoso, promovendo o bem com a intenção de agir da maneira mais justa e adequada.
Siga caminhando e honrando o pai e a mãe com consciência ética e com atitudes reais e cotidianas.
Referências Bibliográficas:
Kardec, Allan. O livro dos Espíritos. 23ª ed. São Paulo: EME; 2018.
Kardec, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. São Paulo: Ed Boa Nova.
Moysés, Lucia. Deus Confia nos pais. 1ª ed. Capivari, SP: Editora EME; 2017
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