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Horóscopo na Visão Espírita


Por: Juliana Procópio

Quem nunca abriu um jornal ou revista de atualidades e não foi direto para a sessão de horóscopo ver como será seu dia ou sua semana? Quais os signos combinam com o seu e o que eles dizem sobre o seu futuro?


Segundo a página dicionário online, os signos são as 12 partes que compõem e dividem o Zodíaco, região da esfera celeste sobre a qual a Lua, os planetas e o Sol se movem e as constelações ou grupo de estrelas, que a elas equivalem e que podem ser vistas a olho nu durante a noite.


Os signos são estudados pela Astrologia. “Os astrólogos – indivíduos que praticam a astrologia – utilizam informações sobre a posição dos planetas do Sistema Solar, constelações e demais movimentos de corpos celestes para supostamente prever o futuro ou traçar um perfil sobre a personalidade das pessoas”.


Muitas pessoas ainda por curiosidade procuram fazer os mapas astrais que são construídos a partir da observação dos astros no momento do nascimento. Buscando o significado da influencia dos planetas na vida das pessoas o mapa astral seria na verdade a busca em encontrar o “mapa da vida”.


Fazendo uso da codificação de Kardec, em O Livro dos Espíritos, somos informados que o não conhecimento do futuro é uma forma de nos proteger já que o conhecimento do que é “nosso destino” pode em muitos casos com nosso livre arbítrio, paralisar o individuo de forma que ele acredite não ser necessário se mobilizar para conquistar algo já que o que lhe é destinado virá de qualquer maneira e se for algo bom não há necessidade de se viver outras experiências. Isso seria um verdadeiro equivoco para o espírito.


Emmanuel na questão 140 do livro O Consolador explica que:


“As antigas assertivas astrológicas tem a sua razão de ser. O campo magnético e as conjunções dos planetas influenciam no complexo celular do homem físico, em sua formação orgânica e em seu nascimento na Terra; porém, a existência planetária é sinônimo de luta. Se as influências astrais não favorecem a determinadas criaturas, urge que estas lutem contra os elementos perturbadores, porque, acima de todas as verdades astrológicas, temos o Evangelho, e o Evangelho nos ensina que cada qual receberá por suas obras, achando-se cada homem sob as influências que merece.”


Assim somos regidos pelo nosso livre arbítrio e é dele a colheita que iremos receber de acordo com o que escolhemos plantar, seja bom ou mal.


Mas não caberia ao homem o direito de saber do seu futuro? Os espíritos nos respondem a essa interrogativa na questão 868 do Livro dos Espíritos, se o futuro pode ser revelado ao homem e eles responderam:


“que em princípio, o futuro lhe é oculto e não é senão em casos raros e excepcionais que Deus permite a revelação. E seguindo esse raciocínio na questão”.


Complementando essa explicação os espíritos respondem que:


“Se o homem conhecesse o futuro, negligenciaria o presente e não agiria com a mesma liberdade, porque seria dominado pelo pensamento de que, se uma coisa deve acontecer, não ter que se ocupar dela, ou então, procuraria dificultá-la. Deus não quis que fosse assim, a fim de que cada um concorresse para a realização das coisas, mesmo às quais gostaria de se opor. Assim, tu mesmo, frequentemente, preparas, sem desconfiar disso, os acontecimentos que sobreviverão no curso da tua vida”.


“É a explicação dos Espíritos porque o futuro não nos é revelado. A morte é um fato que acontecerá a todos nós, quer dizer, que todos nós conhecemos este futuro, entretanto ninguém se prepara para ele, assim confirma o que disseram os Espíritos a Kardec”. LE 869


Mas o homem não poderia mudar o seu “destino” se soubesse o que irá lhe acontecer? A isso as seguintes questões do Livro dos Espíritos nos respondem.


Questão 859 – Há fatos que, forçosamente, devam acontecer e que a vontade dos Espíritos não possa evitar?


Sim, mas tu, quando no estado de Espírito, viste e pressentiste, ao fazer a tua escolha. Entretanto não creiais que tudo o que ocorre esteja escrito, como se diz. Um acontecimento é, frequentemente, a consequência de uma coisa que fizeste por um ato de tua livre vontade, de tal sorte que se não tivesses feito essa coisa, o acontecimento não ocorreria. Se queimas o dedo, isso não é nada; é o resultado de tua imprudência e a consequência da matéria. Não há senão as grandes dores, os acontecimentos importantes que podem influir sobre o moral, que são previstos por Deus, porque são úteis à tua depuração e à tua instrução”.


“Compreendemos, então, que certos acontecimentos ocorrem em nossa vida como consequência de atos ou fatos que nós mesmos praticamos. Se existe alguma influência são das nossas ações e não dos astros. Além de que essas são totalmente individuais, ao passo que a que querem dizer que os astros possuem é coletiva, pois atinge um grande número de pessoas. Por outro lado onde ficará o nosso livre-arbítrio se tudo para nós estivesse predeterminado pelos astros?”

Questão 860 – O homem, por sua vontade e por seus atos, pode fazer com que os acontecimentos que deveriam ocorrer não ocorram, e vice-versa?


“Ele o pode, desde que esse desvio aparente possa se harmonizar com a vida que escolheu. Ademais, para fazer o bem, como o deve ser, e como isso é o único objetivo da vida, pode impedir o mal, sobretudo aquele que poderia contribuir para um mal maior”.


“Claro fica que se podemos mudar algum acontecimento é porque ele não é fatal, ou um destino rigoroso que devemos cumprir. Em virtude disso não tem como estar definido por posição ou influência dos astros”.

Questão 852 – Há pessoas que uma fatalidade parece perseguir independentemente de sua maneira de agir; a infelicidade não está no seu destino?


“Pode ser que sejam provas que elas devem suportar e que escolheram. Mas, ainda uma vez, levais à conta do destino o que não é, o mais frequentemente, senão a consequência de vossa própria falta. Nos males que te afligem, esforça-te para que a tua consciência seja pura, e serás consolado em parte”.


Segundo William Shakespeare, você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você. O que vivemos é reflexo de nossas vidas passadas, nossas escolhas com o livre arbítrio e o que nos propomos ao nos prepararmos para reencarnar novamente.


Nossas escolhas podem mudar ou amenizar o que temos que passar nessa encarnação e somos os únicos responsáveis por isso. Quando escolhemos sair mesmo sentindo que deveríamos ficar, quando escolhemos reclamar e ofender ao invés de respirar e silenciar, quando saímos correndo com um automóvel ou falamos sem refletir. Todas essas e outras ações tem suas consequências. É claro que as situações e as outras pessoas influenciam nossa vida, mas o que fazemos com essa influencia é de nossa responsabilidade.


Buscar explicações em signos ou outros símbolos é uma forma de encontrar um culpado para o que é de nossa alçada.

“Viver é isso: ficar se equilibrando o tempo todo, entre escolhas e consequências”. Jean-Paul Satre.


Você escolhe o quê?


Sejamos luz!


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BIBLIOGRAFIA.


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