Maria de Nazaré e o Socorro aos Suicidas

Amanda Teixeira Dourado
Quando ouvimos a palavra suicida, o que vem primeiro em sua mente? Aqueles que desistiram da vida? Ingratos? Aquele que não honrou sua chance? Coitados? Acredito que já deva ter ouvido diversos termos, e esse é o ponto. Será que existe termo certo? Será que ao pensarmos no suicida, temos empatia por eles ou apenas apontamos seus erros? Porém a questão vai muito além de tudo isso. Suicidas são nossos irmãos, que necessitam de ajuda e acolhimento, e não julgamentos. Certamente, você, leitor, já conhece alguém próximo que infelizmente tenha praticado esse ato, principalmente nos dias em que vivemos, onde a taxa do suicídio tem aumentado muito. Espero que a breve explicação sobre Maria de Nazaré possa entrar em seu coração e se torne fonte de esclarecimentos.
A filha de Deus, Maria de Nazaré, um ser extremamente evoluído, mãe das mães, acolhedora dos suicidas, desenvolve um trabalho grandioso por esses espíritos, ‘’seres sofredores que perderam o controle das emoções, escolhendo pelo desrespeito a si próprio’’, conforme relata Chico Xavier.
Para Maria de Nazaré, os espíritos suicidas devem alcançar consolo assim como Judas recebeu, sem condenação. Maria oferece amor perante a tantas lamentações de sofrimento, trazendo um pouco de paz e socorro, ou seja, uma nova chance, uma nova esperança. Mesmo no vale de sofrimentos, a misericórdia se manifesta. A mãe de Jesus e seus servos acolhem os desesperados que ali se encontram. Mas, caro leitor, creio que deva estar se perguntando como funciona esse trabalho maravilhoso da mãe de Jesus aos suicidas, não é mesmo?
Pois bem, vamos a explicação! Mesmo no plano espiritual, Maria de Nazaré mantem seu cuidado com o próximo, amparando a aqueles que desacreditaram da vida. Ali ela se faz presente levando palavras de fé e acolhendo, juntamente com sua equipe, um extenso grupo que realiza resgates. Uma ‘’legião dos servos de Maria’’.
Nossa espiritualidade conta com o Hospital Maria de Nazaré, que possui um belo jardim, prédios brancos e muita graça. Na obra ‘’Memorias de um suicida’’, é relatado que esse hospital conta com veículos, que resgatam esses irmãos, e, assim que chegam ao hospital, recebem o primeiro atendimento na casa da mãe de Jesus.
Fica muito claro que ao chegarem, muitos além do abalo emocional que possuem, exigem cuidados com seus corpos, demandam de sensibilidade, pois devido a prática do suicídio, feriram a si próprios.
Você sabia que existe socorro no vale dos suicidas? Trata-se de um departamento extraordinariamente organizado e que conta com muitos trabalhadores que auxiliam os espíritos sem esperança, tristes, desolados. Maria de Nazaré comparece com toda sua misericórdia conduzindo os espíritos a um gabinete, e assim se realiza uma espécie de registro desses irmãos, como uma matrícula, para que assim possam assim seguir para o departamento hospitalar. Muitos chegam com pesadelos, angústias, remorso, vergonha, além das lesões que causaram em seu corpo físico.
‘’Sondagens de luz, banhos de propriedades magnéticas, bálsamos quintessenciados, intervenções de substâncias luminosas extraídas dos raios solares’’, são alguns tratamentos em que os suicidas recebem assim que chegam ao hospital para que auxilie nas regiões afetadas e lesionadas do perispírito. Vejamos a bela poesia em que Chico Xavier nos deixou, através do espírito Maria Dolores, no qual descreve o acolhimento e assistência em que Maria de Nazaré prestou a Judas:
“Depois de muito tempo,
Sobre os quadros sombrios do calvário,
Judas, cego no além, errava solitário…
Era triste a paisagem,
O céu era nevoento…
Cansado de remorso e sofrimento,
Sentara-se a